Os deputados federais bolsonaristas minimizaram o indiciamento de Jair Bolsonaro (PL) pela Polícia Federal pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Dr. Luiz Ovando (PP), Rodolfo Nogueira e Marcos Pollon, do PL, insistem na tese de que há “perseguição política tão absurda e violenta”.
Em entrevista, Dr. Ovando até “torce” para que o ex-presidente seja preso para que volte a ser presidente da República. “Talvez o bom seja ele ser preso, é o estágio que antecede a presidência da República no Brasil”, afirmou o deputado, fazendo referência ao atual presidente.
Veja mais:
Vander e Camila creem que plano para matar Lula sepulta anistia; Soraya vê reféns de “seita”
Investigados tentaram prender Alexandre de Moraes, diz PF
Lula e Alckmin: data para assassinato seria 15 de dezembro de 2022
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi condenado pelo juiz Sérgio Moro, atual senador da República, na Operação Lava Jato e foi eleito após ter as condenações anuladas pela Justiça. O petista também sempre disse que foi vítima de perseguição política e apesar de ser “inocente” foi condenado por Moro.
Dr. Ovando, Pollon e Nogueira não consideraram grave a tentativa de golpe de estado para evitar a posse de um presidente eleito democraticamente. Conforme a Polícia Federal, 37 pessoas, inclusive Bolsonaro e generais, participaram da trama golpista.
“No governo Bolsonaro, além de inúmeras narrativas, surgiam todos os dias acusações contra ele. Ainda assim, foi considerado por muitos o melhor governo de todos os tempos! Agora, levantam novas narrativas diariamente para criar uma cortina de fumaça diante da catástrofe que este atual desgoverno está causando ao nosso Brasil”, afirmou Rodolfo Nogueira, em postagem nas redes sociais.
“Nunca vimos uma perseguição politica tão absurda e tão violenta, tudo isso após a vitória de Donald Trump nos EUA e após a catástrofe que foi o G20”, afirmou o Gordinho do Bolsonaro, sobre o encontro de Lula com os chefes de Estado no Rio de Janeiro, que contou a presença de Joe Biden (Estados Unidos), Emanoel Macron (França), Javier Millei (Argentina), entre outros.
“Bolsonaro é a pedra no sapato de muita gente, é o único líder políticos que pode freiar o avanço da agenda progressista no Brasil, que pode freiar o avanço do comunismo na nossa nação. A verdade vencerá mais essa perseguição, o Brasil sabe da sua transparência, inocência e do seu amor por essa pátria. Que Deus te abençoe meu grande amigo, estamos juntos!”, afirmou Nogueira.
“O que vimos hoje é uma perseguição injusta, cruel e com más intenções. Aqueles que deveriam priorizar a justiça acima de tudo estão inclinados ao oposto, tentando destruir @jairmessiasbolsonaro!”, afirmou Pollon.
“Eu conheço o Presidente, conheço sua conduta e o seu caráter! Um homem que dedicou tudo de si — e digo tudo porque a cena em Juiz de Fora (MG) prova isso! TEM TODO O MEU APOIO, PRESIDENTE! Estou contigo até o fim! Seguiremos fortes e com a consciência limpa, porque o bem sempre vence o mal, e a verdade sempre prevalece! João 8:32”, afirmou, citando o trecho bíblico.
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”, diz o trecho citado pelo deputado. Para a Polícia Federal, a investigação trará luz sobre os fatos, enquanto os bolsonaristas avaliam que a “verdade” ainda vai aparecer.
Sobre o plano para matar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, não houve manifestação dos bolsonaristas.
Outros bolsonaristas fervorosos na campanha eleitoral, como a prefeita Adriane Lopes (PP), a senadora Tereza Cristina (PP) e o deputado federal Beto Pereira (PSDB) ainda não se manifestaram.