Os trabalhadores do transporte coletivo de Campo Grande ameaçam cruzar os braços por 24 horas na próxima segunda-feira (25). Eles querem reajuste salarial de 8%. Essa pode ser a 3ª paralisação do mandato de dois anos e meio da prefeita Adriane Lopes (PP), que já enfrentou greve no setor em junho de 2022 e janeiro de 2023.
O Consórcio Guaicurus responsabiliza a prefeitura apor não ter condições de dar o reajuste aos cerca de 1 mil trabalhadores do transporte coletivo. A empresa ganhou na Justiça o direito a reajustar a tarifa na data-base, que é outubro, quando foi assinado o contrato de concessão.
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O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo encaminhou a pauta de reivindicações, que inclui reajuste salarial de 8% e elevação do percentual de participação nos lucros de 9% para 11%. Eles também querem um botijão de gás por mês – atualmente, é um a cada dois meses.
De acordo com o diretor financeiro da entidade, William Alves da Silva, foram quatro reuniões sem êxito nas negociações. O Consórcio Guaicurus alega que não tem condições de atender o pedido sem novo reajuste na tarifa. Pela empresa, o valor da tarifa pode ir para R$ 7,79.
A paralisação de 24h será na segunda, mesmo dia em que os trabalhadores realizarão assembleia para aprovar indicativo de greve por tempo indeterminado.
Essa pode ser a 3ª paralisação da gestão Adriane, que começou no início de abril de 2022. A primeira foi em junho de 2022. A outra foi no dia 18 de janeiro do ano passado.