Os deputados federais Camila Jara e Vander Loubet, do PT, acreditam que a revelação do plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai sepultar o projeto de lei que prevê anistia para os responsáveis pela invasão e depredação do 8 de janeiro e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Já a senadora Soraya Thronicke (Podemos) torce para que “os reféns da seita bolsonarista acordem dessa vergonhosa ilusão!”.
Já os notórios bolsonaristas, como os deputados federais Dr. Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira, do PL, e a senadora Tereza Cristina (PP) ficaram em silêncio e ignoraram a Operação Contragolpe, que levou a prisão de quatro militares do Exército e um policial federal por tentativa de assassinato.
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Conforme as investigações da PF, os militares tramaram um golpe de Estado e a morte de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral. O plano previa o assassinato com tiro ou envenenamento.
“Essa ação reforça a gravidade dos atos antidemocráticos investigados desde o governo Bolsonaro e escancara quão organizada foi a tentativa de destruir nossa democracia”, lamentou Camila. “Não podemos aceitar anistia para atos golpistas tão covardes e perigosos como esse”, defendeu.
“SEM ANISTIA PARA CRIMINOSOS”, exclamou o coordenador da bancada federal, Vander Loubet. “Não era apenas o plano de crime de Golpe do Estado, era pior: um plano de HOMICÍDIO contra o presidente @lulaoficial e o vice-presidente @geraldoalckmin_ – eleitos democraticamente – além do sequestro e assassinato do ministro Alexandre de Moraes, do STF”, ressaltou o deputado.
Soraya lembrou que foi a responsável por pedir a inelegibilidade do ex-ministro da Defesa, o general Walter Braga Neto. De acordo com a PF, o plano para matar Lula, Alckmin e Moraes foi discutido na casa do então candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro.
“Em 2022, por meio de uma AIJE, consegui tornar Braga Neto também inelegível. Pelo fato de estar ‘aqui dentro’, eu sempre consegui analisar essa situação sob o ponto de vista ‘de dentro da cozinha’”, contou a senadora, que foi eleita com o apoio de Bolsonaro e vem comprando brigas frequentes com os seguidores do capitão.
“Infelizmente muitos brasileiros continuam vivendo sob uma dissonância cognitiva coletiva (@joaocezar1965), mas seguirei de mãos dadas com a Verdade que, cedo ou tarde, prevalece. Que os reféns da seita bolsonarista acordem dessa vergonhosa ilusão! Vocês foram usados!”, postou Soraya na rede social.
Já os bolsonaristas ignoraram a Operação Contragolpe. Nem o deputado federal Beto Pereira (PSDB), o caçula entre os bolsonaristas, manifestou-se sobre a investigação.
“Bioinsumos: é bom para os brasileiros, para o produtor e para a natureza. Alimentos de qualidade, sempre!”, postou Tereza Cristina, sempre atuante na rede social para analisar os acontecimentos de Brasília e, de preferência, destacar os fatos negativos de Lula. ´
O senador Nelsinho Trad (PSD) e os deputados federais Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende, do PSDB, também não se manifestaram.