O plenário do Tribunal Superior Eleitoral negou, por unanimidade, pedido do ex-prefeito Álvaro Urt (PSDB) e o tucano não deve assumir o comando da Prefeitura de Bandeirantes. Em julgamento realizado nesta quinta-feira (14), a corte negou recurso e manteve o vencedor como inelegível porque não é “ficha limpa”.
O pedido foi negado pelo relator, ministro André Mendonça, e aprovado pelos demais integrantes da corte: os ministros André Ramos Tavares, Antônio Carlos Ferreira, Cármen Lúcia, Floriano de Azevedo Marques, Isabel Gallotti e Kássio Nunes Marques.
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Urt foi considerado elegível pelo desembargador Vladimir Abreu da Silva, afastado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul na Operação Ultima Ratio por suspeita de venda de sentença. Ele acatou pedido feito na Justiça comum.
Urt está inelegível porque teve o mandato cassado pela Câmara Municipal e está inelegível até setembro de 2028. Ele foi cassado em 29 de setembro de 2020 após ser alvo da Operação Sucata Preciosa, deflagrada pelo Gaeco (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado).
Urt obteve 38,45% dos votos, mas não vai assumir a prefeitura. Só que diferentemente do ocorrido há quatro anos, ele não obteve mais de 50% dos votos. Isso significa que a cidade não terá nova eleição e o segundo colocado, Celso Abrantes (PSD), com 31,17% dos votos será empossado como prefeito em janeiro de 2025. Contudo, o TSE ainda vai julgar pedido de Abrantes para assumir a prefeitura. O presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Carlos Eduardo Contar, prevê nova eleição na cidade, a segunda extemporânea por causa da cassação de Álvaro Urt.