Os desembargadores Sérgio Fernandes Martins e Vladimir Abreu da Silva, afastados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e monitorados por tornozeleira eletrônica, pediram acesso à Ação Penal 1.057 no Superior Tribunal de Justiça. Ao acessar a denúncia contra os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, Iran Coelho das Neves e Waldir Neves, eles querem questionar a competência do ministro Francisco Falcão.
A defesa dos magistrados, investigados por venda de sentença, corrupção e lavagem de dinheiro, vai esmiuçar o processo em busca de falhas na Operação Mineração de Ouro para pedir a incompetência do ministro. Sem conexão entre esta e a Operação Ultima Ratio, os desembargadores podem anular as medidas cautelares, ficarem livres do afastamento e da tornozeleira.
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Além de tirar Francisco Falcão do caso, os magistrados poderão anular as provas e sepultar o escândalo no nascedouro.
O primeiro a pedir acesso aos autos no dia 28 de outubro deste ano foi presidente afastado do TJMS, Sérgio Martins. O desembargador Vladimir Abreu da Silva e os filhos, os advogados Ana Carolina Machado Abreu da Silva e Marcus Vinícius Machado Abreu da Silva também solicitaram acesso a AP 1.057.
Esta ação é a denúncia por corrupção contra os ex-presidentes do TCE, os conselheiros Iran Coelho das Neves e Waldir Neves, que aguarda a análise do recebimento pela Corte Especial. Eles e o conselheiro Ronaldo Chadid estão afastados do TCE e monitorados por tornozeleira há quase dois anos, desde 8 de dezembro de 2022.
Já no dia 24 de outubro deste ano, Falcão afastou Martins, Abreu e os desembargadores Marcos José de Brito Rodrigues, Alexandre Bastos e Sideni Soncini Pimentel.