A Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) ainda não definiu uma nova data para a eleição do novo presidente que irá substituir Francisco Cezário de Oliveira, 78 anos, no comando da entidade. O pleito estava marcado para esta sexta-feira (1º), mas foi suspenso pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Estado (TJD-MS).
A suspensão foi determinada pelo pelo presidente da Corte, Marcelo Honório, em 29 de outubro, quando concedeu mandado de garantia apresentado pelo ex-presidente do Cene e candidato a presidente da FFMS, Paulo Sérgio Telles. O dirigente alega irregularidades no cumprimento dos prazos para a eleição.
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“Eles não cumpriram os prazos do edital e do estatuto da Federação. Só nos prazos mínimos seriam nove dias, ocorre que eles não publicaram os editais, ou seja, entendemos que houve um descumprimento severo do estatuto”, disse Telles ao Globo Esporte MS.
Sete candidatos foram aprovados pela Comissão Eleitoral da FFMS para disputarem a cadeira da presidência: Américo Ferreira (ligado ao Novo); André Baird (presidente do Costa Rica); Cláudio Barbosa (presidente do Comercial); Estevão Petrallás (presidente interino da FFMS); Marcos Araújo (presidente do Dourados); Paulo Telles (ex-presidente do Cene); e Toni Vieira (ex-presidente do Operário).
Conforme o artigo 18 do Estatuto da FFMS, após a Comissão Eleitoral publicar a lista das chapas aptas a participarem do pleito eleitoral, devem ser dados três dias úteis para pedidos de impugnação e recursos contra o indeferimento de registro, considerando mais três dias para a devolutiva dos recursos, o que não ocorreu.
Após a decisão do TJD-MS, a Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul divulgou nota informando que iria consultar a Comissão Eleitoral para definir os próximos passos, e a nova data do pleito será divulgada no site oficial da FFMS.
O advogado Júlio César Marques ingressou com ação para anular a assembleia extraordinária que destituiu Cezário do comando da FFMS e colocou fim a um reinado de 28 anos sobre o futebol sul-mato-grossense. Ele alega que não houve direito a ampla defesa e ao contraditório.
Também se queixa que não houve afastamento do atual vice-presidente, Marcos Tavares, outro investigado e réu na Operação Cartão Vermelho, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
O pedido será analisado pela juíza Sueli Garcia, da 10ª Vara Cível de Campo Grande.