Ana Portela, 31 anos, do PL, formada em Arquitetura e Urbanismo, cursando agora ciências políticas e que virou dona de uma das 29 vagas na Câmara Municipal de Campo Grande em sua primeira disputa, delega o seu trunfo eleitoral: Aparecido Portela, o tenente Portela, seu pai, e ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Portela é presidente do PL em Mato Grosso do Sul e o ex-presidente, a estrela forte entre os liberais.
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Antes da consagração, Ana, votada por 4.577 eleitores campo-grandenses já enfrentou um desconcerto movido por colegas de partido, os quais ficaram chateado por ter recebido pouco recurso do PL, e, Ana “bem mais”, como disseram.
Ana Portela, a estreante da Câmara Municipal de Campo Grande arrecadou R$ 423 mil, sendo R$ 400 mil do Fundo Especial Eleições, o Fundão, repassado pelo partido controlado pelo pai. Ela também foi favorecida por ter aparecido mais na propaganda eleitoral na tevê e ainda contou com dois vídeos gravados de apoio a ela por Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michele.
Ana, que “sempre estudou em escola militar” diz o motivo por ter atraído a atenção do partido e conquistado recurso para a sua campanha:
“Sim, inclusive isso foi assunto de grande repercussão [apoio financeiro], mas foi fruto do meu trabalho em Brasília, fui lá mostrei os projetos e ideias, busquei apoio, e me mostrei viável a receber a missão de ser a candidata do Bolsonaro em Campo Grande, uma missão de grandes responsabilidades’, disse a parlamentar debutante.
Carreira meteórica
A filha do tenente Portela narrou à reportagem como ingressou na política e como rápida foi a sua subida.
“Em 2017, a convite do meu pai, mergulhei nos bastidores da campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que deu início à minha jornada na política. Desde então, tenho me engajado ativamente nas ruas defendido os princípios da democracia e conhecendo a realidade da nossa população”, disse Ana.
Acrescentou a eleita:
“O PL foi o primeiro partido que me filiei, a razão é por ser o partido escolhido pelo meu líder, Bolsonaro, essa é a minha experiência como candidata, sempre estive nos bastidores e articulações junto ao meu pai, e ao presidente”.
A vereadora eleita sustentou ainda que a “velha política” em Campo Grande a encorajou na candidatura.
“Desde o início da minha campanha reuni um time técnico e que principalmente conhece as dores dos bairros de Campo Grande, desde então sabíamos que a velha política não teria mais efeito nesta eleição, fomos pra ruas, conversar com as pessoas, escutar as dores, falar sobre políticas públicas municipais, e dar a cara a tapa, em conquista de cada um dos votos.
E, nessa empreitada, disse a eleita “recebi apoio de grandes líderes políticos, como Coronel Davi [deputado estadual de MS] e Jair Bolsonaro”.
Ana contou também que fez amizades nessa campanha, “com as mulheres, sou presidente do PL Mulher Campo Grande, estive firme com elas durante essa caminhada como a Missionária Josi, Julia Ruiz, Mariana Amaral e outras mulheres”.
Ana Portela revelou quem deve apoiar no segundo turno pela prefeitura de Campo Grande, se Adriane, do PP ou Rose, do União Brasil e ainda o motivo da escolha:
“Fui a única vereadora eleita e o presidente estadual do PL, Tenente Portela [pai dela] a estar em Brasília para alinhamento político junto à senadora Tereza Cristina, do PP e Bolsonaro. Por recomendação do presidente (seguidores de Bolsonaro sempre o chamam de presidente, não de ex, como é) iremos dar apoio a prefeita Adriane Lopes”.
Planos da néofita
Ana Portela disse ainda que projetos deve impor assim que assumir o mandato, em janeiro.
“Estamos montando um plano de ação e o primeiro passo é por ordem na casa, focar na transparência, não tenha dúvidas que teremos ótimos projetos que foram pautas da nossa campanha sendo colocada em pratica”, disse a eleita.
Ela afirmou que pretende buscar na universidade conhecimentos que contribuam com o legislativo municipal:
“Estou iniciando minha segunda faculdade, em ciências políticas, e atualmente focada em montar o plano estratégico para o nosso mandato”.
Ana Portela finaliza com um argumento já conhecido de políticos acomodados na direita, o PL, principalmente:
“Como uma cristã, acredito que o futuro a Deus pertence, nosso objetivo é fazer um bom mandato e levar os muitos pedidos da população a qual acreditou em mim, nos demais Deus irá conduzir tudo”.
Além de Portela, outros dois do PL conseguiram se eleger vereadores, o ex-deputado estadual Rafael Tavares e André Salineiro.