Mães de crianças com deficiência protestaram no evento da prefeita Adriane Lopes (PP) com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, nesta quinta-feira (17), para denunciar que, mesmo com liminar, os filhos não estão recebendo fraldas, remédios, nutrição, fórmulas e equipamentos pela Prefeitura de Campo Grande.
O grupo levantou duas faixas com questionamentos às participantes do encontro: “E se fosse o seu filho? Nossos filhos existem e têm seus direitos decretados por liminar. Respeite as decisões judiciais!” e “Somos representantes de pessoas com deficiência. Cadê o LEITE, FRALDAS E INSUMOS das nossas crianças com deficiência??? SÓ LEMBRAM DAS CRIANÇAS ESPECIAIS NO ANO ELEITORAL???”
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Ao ver o protesto, Michelle Bolsonaro disse que atenderia às mães após o evento e pediu para que elas sentassem e baixassem as faixas, porque possui TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) e “aí o negócio fica difícil”.
A reportagem conversou com uma das mães que participou da manifestação. “Tem dois anos que está esta palhaçada. De não fornecer fraldas, remédios, dietas, insumos. Ela [Adriane Lopes] posta que chegou, mas apenas agora por ser na campanha”, relatou.
Além da prefeita Adriane Lopes e Michelle Bolsonaro, participaram do evento “Mulheres que Transformam” as senadoras Damares Alves (Republicanos) e Tereza Cristina (PP), a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, e a primeira-dama de Mato Grosso do Sul, Mônica Riedel.
O encontro ocorreu após a candidata à reeleição fugir do primeiro confronto no segundo turno com a adversária Rose Modesto (União Brasil).
O debate foi agendado ainda no primeiro turno e houve compromisso das duas candidatas de que compareceriam ao evento promovido pelo programa O Povo na TV, do SBT MS, em parceria com o site TopMídiaNews.
Os compromissos foram assumidos quando Adriane Lopes estava em baixa nas pesquisas. Nesta quinta-feira, Adriane mandou uma nota alegando “agenda” e não compareceu para participar do debate.
Para Rose Modesto, Adriane fugiu porque não tem as respostas para os problemas da Capital, como a falta de medicamentos nos postos de saúde, que perdurou a maior parte do seu mandato e teve parte solucionada na véspera da eleição, como denunciam as mães de crianças com deficiência.