Em meio à polêmica sobre o desmatamento do Parque dos Poderes, o desembargador Sideni Soncini Pimentel, foi eleito novo presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul para o biênio 2025-26. Juiz de carreira, ele está na corte há 16 anos e foi eleito por aclamação na sessão do tribunal pleno desta quarta-feira (16).
O desembargador Vladimir Abreu da Silva assumirá a vice-presidência, e o desembargador Ruy Celso Barbosa Florence responderá pela Corregedoria-Geral de Justiça.
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“O principal compromisso que assumimos é com a prestação do nosso serviço, que é realmente o nosso fim para com a sociedade, a prestação da jurisdição, procurando sempre melhorar a cada dia, de modo a sempre prestar um serviço de excelência”, afirmou o futuro presidente, que sucederá o atual, desembargador Sérgio Fernandes Martins.
Natural de Jales (SP), Sideni Soncini Pimentel ingressou na magistratura estadual como juiz substituto na comarca de Porto Murtinho, em 1981, sendo removido, no mesmo ano, para a comarca de Coxim.
Em 1983 foi promovido, por merecimento, como juiz de Direito, para a 2ª Vara Cível da comarca de Aquidauana (segunda entrância). Em 1985 foi removido, a pedido, para a 2ª Vara da comarca de Cassilândia.
Em 1987 foi promovido, por merecimento, para a 7ª Vara Criminal da comarca de Campo Grande, (entrância especial). Em 1990 foi removido, a pedido, para a 12ª Vara da mesma comarca, que passou a ser denominada 7ª Vara Cível.
Em julho de 2008 foi promovido, por antiguidade, ao cargo de desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul.
Exerceu o cargo de Vice-Presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul no biênio 2021/2022.
TJ e o meio ambiente – O principal desafio do novo presidente será o desmatamento do Parque dos Poderes para a construção do novo Palácio da Justiça, uma obra monumental para substituir o atual prédio.
Houve um acordo entre o Governo estadual, o TJMS e o Ministério Público Estadual para desmatar 18,6 hectares. No entanto, o juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, não homologou o acordo.
A atual cúpula do tribunal defende o desmatamento, apesar dos protestos da sociedade e de alerta de ecologistas para o impacto para a cidade, como agravamento das enchentes e o desaparecimento do lago do Parque das Nações Indígenas.