O presidente afastado da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, Francisco Cezário de Oliveira, pode voltar a manter contatos com os sobrinhos. Eles estavam proibidos de conversar ou telefonar entre si desde o dia 21 de maio deste ano, quando o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) deflagrou a Operação Cartão Vermelho, que investigou desvio milionário na FFMS.
Conforme o despacho do juiz Márcio Alexandre Wust, da 6ª Vara Criminal de Campo Grande, a manutenção das medidas cautelares não é mais necessária. Cezário e os sobrinhos foram denunciados e viraram réus pelo desvio de R$ 10 milhões da federação e pelos crimes de corrupção e organização criminosa.
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“No caso: (a) a Denuncia foi oferecida (autos 0924197-78.2023); (b) os acusados requerem a revogação da medida cautelar de ‘proibição de contato’ (fls. 8.107/8.109, 8.125/8.126 e 8.128). (c) o Ministério Público opinou pela revogação da medida cautelar (fls. 8.143/8.144). Portanto, não mais subsiste os motivos para a manutenção da medida cautelar de proibição de contato entre os acusados”, pontuou Wust, no despacho publicado nesta quinta-feira (10).
“Ante o exposto, hei por bem revogar a medida cautelar de proibição de contato entre os acusados Aparecido Alves Pereira, Francisco Carlos Pereira, Francisco Cezário de Oliveira, Jamiro Rodrigues de Oliveira, Luiz Carlos de Oliveira, Marcelo Mitsuo Ezoe Pereira, Marco Antônio de Araújo, Marco Antônio Tavares, Marcos Paulo Abdalla Tavares, Rudson Bogarim Barbosa, Umberto Alves Pereira e Valdir Alves Pereira”, determinou.
Cezário e os sobrinhos foram presos na Operação Cartão Vermelho, mas acabaram sendo soltos por determinação da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. A relatora foi a desembargadora Elizabete Anache.