Entre os ex-deputados estaduais que pretendiam retomar a carreira política com uma vaga de vereador, Maurício Picarelli (União Brasil) era o nome mais conhecido do público e foi, exatamente, o que ficou de fora da próxima legislatura da Câmara Municipal de Campo Grande. Marquinhos Trad (PDT), Herculano Borges (Republicanos) e Rafael Tavares (PL) conquistaram uma segunda chance.
Depois de 32 anos na Assembleia Legislativa, Picarelli não conseguiu a reeleição em 2018. O ex-deputado estadual ganhou fama como apresentador de TV e de programas de rádio. Pela primeira vez, o jornalista substituiu a esposa, Magali Picarelli, na campanha para vereador. Com apenas 1.095 votos recebidos, vai seguir aposentado de cargo eletivo aos 77 anos.
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Grazielle Machado (PSDB) também exerceu um mandato no Legislativo estadual, porém, sua maior identificação é com os tempos de vereadora da Capital, onde exerceu três mandatos. Isso não garantiu seu retorno e, com 1.887 votos, não conseguiu se eleger.
Também com passagem pela Assembleia, Marquinhos Trad chegou ao ápice como prefeito de Campo Grande por seis anos, sendo que poderia ter ficado oito, entretanto, tentou a sorte na disputa ao Governo do Estado e foi reprovado. Agora, vai retornar à Câmara de Campo Grande mais uma vez como campeão de votos, 8.567 no total.
Herculano Borges é outro que retorna ao Legislativo da Capital, onde foi vereador de 2009 ao fim de 2016, quando assumiu a vaga de deputado estadual deixada por Angelo Guerreiro (PSDB), então eleito prefeito de Três Lagoas. Ele conquistou a cadeira com 4.119 votos.
Com passagem meteórica pela Assembleia, Rafael Tavares (PL) só perdeu para Marquinhos na quantidade de votos recebidos. O bolsonarista teve 8.128. O desafio agora é manter seu mandato como vereador pelos próximos quatro anos.
Tavares teve o mandato de deputado estadual cassado em fevereiro deste ano, devido ao seu ex-partido, o PRTB, ter infringido a cota de gênero feminino nas eleições de 2022.