Os eleitores de Campo Grande não podem ser chamados totalmente de carrascos com os ex-vereadores que tiveram destaque no passado e tentaram retornar nas eleições de 2024. Marquinhos Trad (PDT) foi o campeão de votos e retorna à Câmara Municipal, assim como André Salineiro (PL), Veterinário Francisco e Dr. Lívio Leite, do União Brasil, e Herculano Borges (Republicanos). Entretanto, a maioria dos ex-parlamentares não passou pelo crivo dos moradores da Capital.
Nomes como Derly dos Reis de Oliveira, o Cazuza (Avante), Grazielle Machado (PSDB), Youssif Domingos (MDB), Eduardo Romero (Solidariedade), Athayde Nery (PSDB), Alex Melo (Avante), Airton Saraiva (Avante) e Miltinho Viana (PSD)não conquistaram votos suficientes para um novo mandato.
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O mesmo ocorreu com quem teve passagens pela Câmara mais recentemente, como Vinicius Siqueira (MDB), Pastor Jeremias Flores (Republicanos), Chiquinho Telles (PP), Dharleng Campos (MDB), Junior Longo (Republicanos), e Enfermeira Cida Amaral (Republicanos).
Cazuza foi vereador por dois mandatos e chegou a ocupar o cargo de vice-presidente da Mesa Diretora. No entanto, com apenas 592 votos conquistados, o radialista ficou de fora da próxima legislatura.
Ex-deputada estadual e ex-vereadora por três mandatos, além de ser filha da lenda viva da política sul-mato-grossense Londres Machado (PP), Grazielle Machado teve 1.887 votos e não conseguiu se eleger. O mesmo destino teve Youssif Domingos (2.200 votos), Eduardo Romero (1.395) e Athayde Nery (2.272).
A mudança de partido, que também o fez trocar de nome de urna, acabou não fazendo efeito para Alex Melo, outrora conhecido como Alex do PT, que teve 1.508 votos. Airton Saraiva (2.364 votos) e Miltinho Viana (771) também foram reprovados nas urnas.
Da turma eleita em 2016, Vinicius Siqueira teve 1.016 votos, Pastor Jeremias Flores, 798 votos, Chiquinho Telles (3.377), Dharleng Campos (1.278), Junior Longo (2.168), e Enfermeira Cida Amaral (679).
A postura combativa contra o Consórcio Guaicurus não foi suficiente para garantir o retorno de Siqueira, após tentar se eleger prefeito em 2020. Eleito quando a onda bolsonarista começava a ter forma, há oito anos, Vinicius caiu em desgraça ao virar crítico do ex-presidente da República.