Em busca da reeleição, os 28 vereadores de Campo Grande contam com R$ 5,824 milhões, praticamente tudo do Fundo Especial Eleitoral, o polêmico fundão, para a campanha eleitoral em busca de um novo mandato na Câmara Municipal. Os partidos com maiores investimentos são o PP, com exceção de Marcos Tabosa, que recusou a verba pública, e o PSDB.
Até o momento, conforme a Justiça Eleitoral, nem todo mundo teve sorte de ser socorrido pelo Fundão. O presidente da Câmara Municipal, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), por exemplo, só recebeu R$ 15,5 mil do seu partido. No entanto, não ficou com o pires na mão, porque ganhou ajuda de R$ 150 mil do deputado estadual Jamilson Lopes Name (PSDB).
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Na mesma linha o vereador em primeiro mandato, Ronilço Guerreiro (Podemos), que teve R$ 50 mil do fundo eleitoral repassado pela sigla. Ele só não ficou na lanterna graças ao empresário Ricardo Fernandes de Araújo, dono da Mil Tec Tecnologia, empresa envolvida em escândalos recentes da política sul-mato-grossense.
A senadora Tereza Cristina (PP) foi generosa com os vereadores partido e garantiu o maior repasse, até o momento com R$ 300 mil para o líder da prefeita, Beto Avelar, Valdir Gomes, Delei Pinheiro, Professor Riverton e Tiago Vargas. Esse último está inelegível, corre o risco de levar e não assumir, mas aposta em reverter a decisão no Tribunal Superior Eleitoral.
A única exceção é o decano João Rocha (PP), que foi secretário municipal de Governo na gestão de Adriane Lopes (PP). Ele ganhou R$ 247,4 mil do partido. Antes de chegar à sigla, ele sempre foi do PSDB. No total, graças a Vitorino José da Rocha, que doou R$ 15 mil e do próprio bolso mais R$ 7 mil.
O PT apostou alto na reeleição da vereadora Luiza Ribeiro (PT), que fez carreira no PPS, atual Cidadania. A neopetista ganhou R$ 226 mil da direção nacional do Partido dos Trabalhadores e tirou R$ 50 mil do próprio bolso para conquistar um novo mandato.
O petista veterano, Ayrton Araújo, recebeu menos, R$ 176 mil. Ele também investiu menos na própria campanha, já que declarou ter aplicado apenas R$ 9,5 mil do próprio bolso.
Desidratado após a briga entre os irmãos, o ex-prefeito Marquinhos Trad, que foi para o PDT, e o presidente regional, o senador Nelsinho Trad, o PSD investiu pouco nos próprios vereadores. A sigla enviou apenas R$ 77 mil para o vereador Otávio Trad (PSD), que chegou a R$ 92 mil com doações de pessoas físicas.
Já o pastor Gilmar da Cruz, que trocou o Republicanos pelo PSD, recebeu também R$ 82,8 mil, um pouco mais. Ele ainda tirou R$ 9,5 mil do próprio bolso.