Candidato do PSDB a prefeito de Campo Grande, Beto Pereira, 46 anos, é campo-grandense, deputado federal e comandou a Prefeitura de Terenos por dois mandatos (2005 a 2012). Bacharel em Direito, ele é filho do ex-senador Valter Perera e trineto de José Antônio Pereira, fundador da cidade.
Casado e pai de dois filhos, Beto ingressou na vida pública aos 26 anos, quando se elegeu em Terenos como o prefeito mais jovem do Estado à época.
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Na corrida eleitoral pelo comando de Campo Grande, ele surge nas pesquisas como potencial concorrente no segundo turno. Beto lidera a maior coligação, conquistou o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e foi apadrinhado por nomes expressivos da política de Mato Grosso do Sul: o governador Eduardo Riedel (PSDB) e o ex-governadores Reinaldo Azambuja (PSDB) e André Puccinelli (MDB).
A aliança com o PL também rendeu R$ 7 milhões para a campanha. O projeto eleitoral do tucano foi marcado pela grandiosidade: a maior coligação, o maior tempo de horário gratuito na TV e rádio e muitas promessas para a cidade.
No debate da TV Morena, ele comentou que o volume de projetos é diante das muitas necessidades de Campo Grande. No curso da campanha, adotou a marreta como simbologia, prometendo pôr abaixo os problemas da Capital.
Na plataforma eleitoral, os projetos incluem 400 quilômetros de asfalto, erradicação de favelas, mil novas câmeras de monitoramento, construção de 2.500 casas populares, novo polo industrial nas Moreninhas, adicional de R$ 300 em programa social do governo e acabar com os polêmicos corredores de ônibus.
O candidato sofreu ataques de fake news, inclusive com a PF (Polícia Federal) nas ruas para investigar o caso, e denúncia de que era líder de esquema de corrupção no Detran (Departamento Estadual de Trânsito).
A proposta de delação premiada veio de um despachante foragido e implicado em várias investigações. O candidato obteve certidão do chefe do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) atestando que seu nome não consta em nenhuma delação. Ele também sofreu revés ao entrar na lista de ficha suja do TCE (Tribunal de Contas do Estado).
A chapa de Beto Pereira e da vice Coronel Neidy (PL), 48 anos, tem apoio do Cidadania, PL, MDB, Solidariedade, PSD, PSB, Republicanos e Podemos. Eles formam a coligação “Juntos pela Mudança”.