A prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP), recorreu às redes sociais e sua campanha divulgou nota para rebater a operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) que apreendeu R$ 75 mil em dinheiro e lista com 900 nomes em investigação sobre compra de votos. A candidata à reeleição chamou a ofensiva de “eleitoreira” e que os valores são para pagamentos de fiscais eleitorais, alimentação e transporte.
A Operação Vigília cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em residências e cinco mandados de busca e apreensão de veículos, todos na cidade de Sidrolândia. A ofensiva foi autorizada pelo pelo Juiz Eleitoral de Sidrolândia a pedido do Ministério Público.
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Conforme apurado até o momento, os alvos da investigação estavam organizando e executando a compra de votos nesta reta final do pleito a favor da campanha de Vanda Camilo, bem como coagindo eleitores a votar nos candidatos apoiados pelos investigados.
Nas buscas, foram apreendidos diversos celulares, veículos dos investigados e o valor aproximado de R$ 75 mil em espécie, além de lista de eleitores e cabos com valores anotados. Apenas em uma residência, havia uma lista com 900 nomes, ao lado de valores, que partiam de 350 reais. Também foram encontrados santinhos eleitorais.
Em nota, a coordenação da campanha de Vanda declarou repudiar “veementemente o uso de quaisquer aparatos jurídicos ou governamentais, faltando pouco mais de 24hs para as eleições, que possam prejudicar quaisquer um dos candidatos em disputa, ou comprometer a lisura do processo eleitoral”.
“Ademais, os valores apreendidos estavam em 13 endereços diferentes, com os responsáveis pela coordenação da campanha, e são valores lícitos e oriundos de recursos eleitorais, que seriam utilizados para os pagamentos de fiscais eleitorais, alimentação e transporte”, diz a nota.
A campanha afirma que não houve buscas na casa da prefeita.
“Prezamos por uma campanha limpa e de propostas, que discuta o futuro de crescimento e desenvolvimento de Sidrolândia, e de forma muito serena e confiante esperamos a conclusão das apurações, que certamente irão comprovar nosso compromisso com a verdade, a ética e os princípios de moralidade que norteam o serviço público”, finaliza.
Em suas redes sociais, Vanda Camilo divulgou um vídeo em que cita a Operação Tromper, que prendeu o seu genro, o vereador Claudinho Serra (PSDB), e diz que não se trata de uma nova fase. A prefeita chama a Operação Vigília de “eleitoreira” e manda recado para os adversários.
“Teve hoje uma operação que não é a Operação Tromper. Vocês parem de fake news. Foi uma operação eleitoreira. Então, eu quero dizer pra vocês, parem, parem que tá feio. A vitória já é nossa. E nós vamos provar que o amor vai vencer o ódio. Pra que desespero, adversário?”, diz a candidata à reeleição na gravação.
Ao deflagrar a operação na véspera do primeiro turno, o Gaeco dá mais um golpe na campanha de Vanda. Em uma disputa acirrada com Rodrigo Basso (PL), a prefeita já sofreu o desgaste das três fases da Operação Tromper.