O Tribunal Regional Eleitoral manteve, por unanimidade, a inelegibilidade do vereador Tiago Vargas (PP), que foi campeão de votos na última eleição. A Justiça Eleitoral barrou 40% dos candidatos a vereador do Democracia Cristã, partido do candidato a prefeito Ubirajara Martins (DC).
A disputa por uma das 29 vagas na Câmara Municipal ainda conta com a renúncia do veterano Paulo Pedra (União Brasil) e de um dos líderes dos evangélicos, o pastor Wilton Melo Acosta (Republicanos).
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Tiago Vargas foi o vereado mais votado na última eleição e teve a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral porque foi demitido do cargo de policial civil na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB). Crítico do tucano e de corruptos, ele alega ser vítima de perseguição, mas não conseguiu reverter a exoneração na Justiça.
Há dois anos, Vargas perdeu o cargo de deputado estadual apesar de ter obtido mais de 18 mil votos. Como estava inelegível, a Justiça Eleitoral anulou seus votos e deu a vaga para o suplente, o atual deputado estadual Pedro Pedrossian Neto (PSD).
Agora, após trocar Jair Bolsonaro (PL) pelo coach Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de São Paulo, o vereador foi barrado pela Justiça Eleitoral em primeira e segunda instância. Em julgamento realizado no TRE no dia 18 de setembro deste ano, o plenário foi unânime em negar o pedido de Vargas e mantê-lo inelegível. Isso significa que os seus votos serão anulados novamente.
Tiago Vargas só estará na urna porque recorreu da decisão e a Justiça Eleitoral ainda vai analisar o recurso. No entanto, existe o risco de repetir a última eleição caso não reverta a inelegibilidade no Tribunal Superior Eleitoral.
A Justiça Eleitoral indeferiu 40% dos 30 candidatos a vereador do DC. Com a decisão, o partido perdeu 12 candidatos e apenas 18 seguem na disputa por uma das 29 vagas no legislativo municipal.
Renúncias marcam o pleito
Ex-vereador com vários mandatos e uma das principais lideranças na Capital, Paulo Pedra renunciou e foi substituído pelo Professor Edson Maciel (União Brasil).
Após ser candidato e perder a disputa em outras oportunidades, Wilton Melo Acosta também desistiu do pleito. Ao Campo Grande News, Acosta alegou “motivos de ordem pessoal e estratégica”.
O policial militar Marcelo Goes, o Cabo Goes, também renunciou, mas porque não obteve autorização da PM para ser candidato. Ele contestou a decisão da corporação. “O Estatuto da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul (LC 053/90) exige 5 (cinco) anos de serviço na PMMS para que o Policial possa ser agregado, isto é, disputar uma eleição sem risco de exclusão”. O policial garante ter o tempo necessário, mas acatou a decisão.