Apontado como testemunha chave na Operação Omertà e conhecido como traficante ostentação, Kauê Vitor Santos da Silva não vai participar do júri popular pela execução do empresário Marcelo Hernandes Colombo, o Playboy da Mansão, que começa nesta segunda-feira (16). Este será o 2º julgamento do empresário Jamil Name Filho por homicídio.
A dispensa de Kauê foi solicitada pela defesa do ex-guarda municipal Marcelo Rios, preso no Presídio Federal de Mossoró e também acusado de participar do assassinato ocorrido em dezembro de 2018. O pedido de desistência foi homologado pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, em despacho publicado nesta sexta-feira (13).
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Também houve dispensa de outra testemunha, Rodrigo Ferzelli, indicado por Name Filho, que não foi localizado para comparecer ao Tribunal do Júri na Capital.
Kauê Vitor estava preso no Complexo Prisional de Bangu, no Rio de Janeiro, e iria depor por videoconferência no júri popular de Jamil Name Filho, de Marcelo Rios, do policial federal Everaldo Monteiro de Assis e do ex-guarda municipal Rafael Vieira Antunes.
Este será o segundo júri popular de Jamilzinho e Rios. Eles foram condenados a 23 anos de prisão no regime fechado pelo assassinato do universitário Matheus Coutinho Xavier, ocorrido no dia 9 de abril de 2019.
A execução do Playboy da Mansão ocorreu no dia 18 de dezembro de 2018 em um bar no Centro de Campo Grande. Ele teria sido morto por vingança de Jamil Name Filho, que não teria gostado do esbarrão dentro uma boate no Jardim dos Estados.
A testemunha notória
Kauê ganhou fama nacional ao ser preso em um hotel de Copacabana, no Rio de Janeiro. Ele também foi responsável por escrever o suposto bilhete com o plano de Jamil Name e do filho, dentro Presídio Federal de Mossoró, de se vingar de autoridades pela prisão na Operação Omertà.
Conforme o relato do bandido, os empresários planejavam cooptar testemunhas e matar o delegado Fábio Peró, que era titular do Garras, o promotor Tiago Di Giulio Freire, do Gaeco, e um defensor público.