Candidato do PSDB a prefeito de Campo Grande, Beto Pereira aposta no apoio incondicional do governador Eduardo Riedel (PSDB) para solucionar o caos da saúde.
A maior deficiência da saúde pública na Capital é a atenção básica. “Mas a superlotação das UPAs em 70% não é de demanda”, diz Beto.
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E o candidato prossegue: “O trabalhador chega em casa às 18h e vai até uma unidade de saúde que já está fechada. Eu sei que a responsabilidade da Saúde na atenção básica é plena do município. Mas eu tenho visto a disposição do governador em enfrentar esse problema junto com os municípios”, afirma Beto.
Para Riedel, o trabalho em parceria faz as coisas acontecerem. “A nossa lógica é essa: trabalhar junto com o município. O município garante o seu, o Estado garante o seu e quem ganha é a população”, enfatiza o governador.
Beto Pereira propõe a realização de uma grande ação emergencial para reduzir todo tipo de espera e de filas. Isso será viabilizado com parcerias com laboratórios de exames e diagnósticos rápidos, concurso para a contratação de efetivos, aumento do número de profissionais para desafogar as unidades e melhorar as escalas de trabalho e descanso. Ele garante que o atendimento noturno vai funcionar, assim como a aquisição de suprimentos, medicamentos e equipamentos de raio-x e ultrassom.
“Vamos concluir as unidades de saúde inacabadas e reformar as outras. Vamos investir na modernização dos agendamentos de consultas e exames, com sistema digital online. Chega de ficha de papel. As consultas na atenção primária e especializada também serão atendidas por telemedicina. E mais, vamos tratar com respeito nossos servidores, resolvendo questões salariais, pagando os direitos conquistados e hoje ignorados pela prefeitura. Chega dessa gestão do ‘faz de conta’. Comigo a saúde vai ser prioridade”, avisa o candidato.
“A nossa saúde está muito precária”, desabafa Bianca Marques. José dos Santos afirma ser “difícil conseguir uma consulta”. Adilson Alves, por sua vez, questiona: “Que utilidade tem este posto de saúde para o bairro?”. E ele mesmo responde: “Nenhuma, zero. Do jeito que está, melhor fechar”.
Se precisar de especialistas, exames, diagnósticos ou cirurgia, a espera vira uma eternidade. “Minha sogra faleceu. Foi o maior descaso com ela. Ela ficou na emergência, no chão. É uma humilhação. Não estamos no posto por querer, é necessidade”, denuncia Maria Célia Ramiro.
“Eu tive um descolamento de retina e depois surgiu esse glaucoma, por causa da demora no atendimento. Foi mais ou menos uns três anos até que eu conseguisse fazer a cirurgia. Por conta dessa demora, hoje eu só vejo vultos e luz. A visão ficou muito prejudicada. Muito difícil”, diz Paulo de Moraes.