Trinta anos após surgir com o lema “Vida em Primeiro Lugar”, o Grito dos Excluídos comemora sua 30ª edição neste ano. Para celebrar as três décadas de existência, a organização prepara mobilização em várias regiões do país, no próximo sábado, 7 de setembro, com o mote “Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?”.
O tema deste ano foi definido para destacar “a importância de colocar a vida em todas as suas formas no centro das políticas públicas, especialmente em um momento em que problemas sociais, econômicos e ambientais têm sido observados”, explicam os organizadores.
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Em Mato Grosso do Sul, as manifestações abordam a necessidade da demarcação de terras indígenas, reforma agrária, proteção à população trabalhadora do campo, nos acampamentos, assentamentos, retomadas e aldeias.
“O fim da violência contra as mulheres, a ampliação dos investimentos na educação pública de qualidade, a luta pela tarifa zero no transporte público, a luta pelo SUS, gratuito e de qualidade para a população, a luta contra os juros altos que prejudicam a economia do país”, diz a convocação.
Em Campo Grande, a concentração para o ato terá início às 8h da manhã, na Rua Barão do Rio Branco, esquina com a 13 de Maio, onde manifestantes acompanham o desfile cívico, com faixas e cartazes, denunciando as várias formas de exclusão social e chamando a atenção da sociedade e das autoridades presentes para as necessidades das populações em vulnerabilidade social.
O Grito dos Excluídos e Excluídas surgiu em 1995 como uma resposta ao Grito da Independência, tradicionalmente celebrado no feriado da Independência, em 7 de setembro. Foi idealizado durante a 2ª Semana Social Brasileira, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o intuito de dar visibilidade às vozes silenciadas das periferias e das áreas rurais do país, questionando a independência proclamada em 1822 por um príncipe e propondo uma reflexão sobre a verdadeira soberania popular.