Candidato do PSDB à Prefeitura de Campo Grande, Beto Pereira que fazer “dobradinha” com o governo de Eduardo Riedel (PSDB) na área social. Beto propôs um complemento de R$ 300 para pais beneficiários do programa estadual “Cuidar de Quem Cuida”, que paga R$ 900 para cuidadores de pessoas com deficiência registrados no CadÚnico (Cadastro Único).
“Essas mães muitas vezes precisam se limitar ao trabalho informal devido à condição de seus filhos, e isso precisa mudar. É fundamental que olhemos com atenção especial para estas mães que, com amor e dedicação, cuidados de seus filhos, demandam da nossa sociedade um olhar mais compreensivo e justo”, destaca o candidato.
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Lideradas por Maria de Sousa Ferreira, presidente da Associação de Mães de Pessoas com Deficiência (Amade), mães reivindicam agilidade no fornecimento de alimentos especiais, medicamentos e fraldas, essenciais para seus filhos.
Desde o ano passado, elas recorrem à Justiça contra a Prefeitura de Campo Grande para garantir o acesso a tratamentos necessários, em um cenário de precariedade e ausência de assistência.
Maria Ferreira destacou que, apesar de considerar-se uma mãe privilegiada por ter uma filha com Síndrome de Down, muitas enfrentam situações ainda mais difíceis.
“Eu me considero uma mãe privilegiada de ter uma filha com síndrome de down. Porém, temos mães que têm filhos que requerem cuidados bem maiores, são crianças com paralisia cerebral que dependem de fralda, de medicação, de dieta, mas não tem condições de comprar. São mães que deixam de trabalhar para cuidar e dar amor aos filhos e que ao pedir apoio da gestão municipal sequer são ouvidas”, declarou Maria, em encontro com o candidato a prefeito Beto Pereira.
Durante o desfile cívico em comemoração ao aniversário de Campo Grande, um grupo de mães levantou uma faixa com a frase impactante: “E se fosse seu filho? Nossos filhos existem e têm direitos decretados por liminar. Respeite as decisões judiciais”, demonstrando a insatisfação com a falta de respostas das autoridades.
A judicialização da saúde em Campo Grande custou cerca de R$ 100 milhões nos últimos sete anos, com um alto percentual dessas ações sendo direcionadas a cirurgias e medicamentos. Maria também revelou a dor e o desespero enfrentados por muitas mães que, em busca de recursos, acabam vendendo objetos pessoais para custear as necessidades de suas crianças.
“É angustiante ouvir de mães que pedem ajuda urgente para comprar fraldas ou alimentação adequada. Não existem medicamentos nas unidades de saúde como prometido”, lamentou Maria.