O patrimônio dos vereadores de Campo Grande cresceu até 1.150% em quatro anos, conforme a declaração de bens encaminhada à Justiça Eleitoral. Dos 29 parlamentares, 28 disputam a reeleição e o mais rico é o veterano Loester Nunes, o Dr. Loester (MDB), com R$ 6,9 milhões, e crescimento de 72,24% na atual legislatura. Edu Miranda (Avante) foi do zero para R$ 656,8 mil.
O mais pobre é Riverton Francisco de Souza, o Professor Riverton (PP), com patrimônio declarado de apenas R$ 18,9 mil. O valor é referente a uma conta bancária e a poupança. Ele virou exceção à fama dos políticos que ficaram milionários na política.
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Famoso pelo comando do Sisem (Sindicato dos Servidos Municipais de Campo Grande) e pelos vídeos virulentos nas redes sociais, Marcos Tabosa (PP) teve o maior crescimento no patrimônio em quatro anos, de 1.150%, de R$ 52,8 mil, em 2020, para R$ 660,8 mil neste ano. Ele declarou possuir uma casa de R$ 400 mil e um automóvel Kicks de R$ 140 mil.
O segundo colocado no ranking da evolução patrimonial é Vanderlei Pinheiro de Lima, o Delei Pinheiro (PP), que teve aumento de 821% nos últimos quatro anos de R$ 170,6 mil para R$ 1,571 milhão. Ele declarou possuir fazenda de R$ 833,8 mil, terreno de R$ 469,5 mil e um veículo de R$ 199,6 mil. Delei é candidato desde 2008, conforme o Tribunal Regional Eleitoral.
Outro estreante, Ronilço Guerreiro (Podemos), elevou o patrimônio em 518% em quatro anos, de R$ 54 mil para R$ 334,1 mil. Conforme a declaração, a maior parte, R$ 190 mil, é de herança. Ele ainda declarou possuir três veículos de R$ 18 mil, R$ 25 mil e R$ 94 mil.
O líder da prefeita na Câmara, Roberto de Avelar, o Beto Avelar (PP), contabiliza aumento de 451% no patrimônio, de R$ 96,3 mil, em 2020, para R$ 530,4 mil em 2024. Na 3ª eleição, ele declarou ter R$ 429,3 mil em fundos de investimentos.
Milionários
O mais rico entre os 28 vereadores candidatos à reeleição é o veterano Dr. Loester, com patrimônio declarado de R$ 6,952 milhões. Em relação a 2020, quando declarou R$ 4,036 milhões, ele acumula crescimento de 72,24%. O emedebista já foi deputado estadual por três mandatos e está no 4º mandato como vereador da Capital.
Conforme a declaração, Dr. Loester tem R$ 5,5 milhões em aplicações financeiras em diversos bancos, quatro fazendas – com valores de R$ 47,7 mil, R$ 60 mil, R$ 123 mil e R$ 547,6 mil – uma casa de R$ 200 mil.
Já o ex-secretário municipal de Saúde, Sandro Benites Trindade, o Dr. Sandro (PP) teve aumento de 140% no patrimônio. Ele declarou que o total de bens passou de R$ 1,2 milhão, há quatro anos, para R$ 2,9 milhões.
O bolsonarista declarou ter uma casa de R$ 1,2 milhão, chácara de R$ 660 mil, R$ depósito bancário de R$ 300 mil, investimentos de R$ 293,6 mil, imóvel de R$ 300 mil e um carro de R$ 150 mil. Ele é candidato desde 2012 e está no primeiro mandato e comandou a Secretaria Municipal de Saúde na gestão de Adriane Lopes (PP).
O presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), teve aumento de 70,2% no patrimônio, que saltou de R$ 1,4 milhão para R$ 2,4 milhões. O Jacaré já mostrou a evolução patrimonial do socialista.
No primeiro mandato de vereador, Edu Miranda (Avante) fez parte do grupo sem um tostão até entrar na Câmara Municipal. Agora, ele declarou ter R$ 656 mil em patrimônio. Ele declarou ter dois imóveis residenciais, de R$ 242 mil e R$ 280 mil, e uma loja de R$ 134 mil.
O único vereador que não disputará a reeleição André Luís Fonseca Soares, o Professor André Luís (PRD), que é tentou disputar o cargo de prefeito, mas foi traído pelo próprio partido no dia da convenção.
O único que perdeu dinheiro
A única exceção é o vereador Valdir Gomes (PP), que teve redução de 35% no patrimônio. Há quatro anos, ele declarou R$ 651,8 mil. Neste ano, caiu para R$ 423,2 mil. Ele possui uma casa de R$ 200 mil, um automóvel Chevrolet Cruze de R$ 152 mil e um Onix de R$ 45 mil.
É a segunda eleição consecutiva que o vereador perde patrimônio, já que em 2016, ele tinha declarado R$ 750 mil e já tinha ficado mais pobre em 2020.