A Justiça determinou o bloqueio de R$ 12,3 milhões dos empresários, do ex-assessor e empresas investigados pelos crimes de corrupção e fraude em licitações na Operação Turn Off. O sequestro atende pedido feito pelo Ministério Público Estadual que apura um esquema milionário de desvios de recursos públicos das secretarias estaduais de Saúde e de Educação e de lavagem de dinheiro.
O juiz Eduardo Eugênio Siravegna Júnior, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande, determinou o bloqueio de R$ 12.330.625,05 dos empresários Lucas de Andrade Coutinho e Sérgio Duarte Coutinho Júnior, donos das empresas Isomed Diagnóstico e Santorine Incorporações e Participações.
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Eles foram presos em junho deste ano com a deflagração da 3ª fase da Operação Turn Off para apurar os crimes de lavagem de dinheiro. Além do magistrado, a detenção também foi determinada pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Lucas e Sérgio estariam se desfazendo dos bens para dificultar eventual ressarcimento dos cofres públicos.
O sequestro veio a público por meio do despacho do juiz publicado nesta sexta-feira (16) no Diário Oficial da Justiça. O Jacaré apurou que o bloqueio também atinge Simone de Oliveira Ramires Castro, Victor Leite de Andrade, o ex-assessor parlamentar Thiago Haruo Mishima, Márcia Barbosa Borges, Freddy Antônio Martinez Uchoa, Thaline Mairace Hernandes das Neves Coutinho e João Paulo Racanelli Maldonado.
Também foi determinado o bloqueio da empresa D.R. Comunicação. Mishima teve ainda o bloqueio de R$ 264,9 mil nas contas bancárias.
No total, o GECOC (Grupo Especial de Combate à Corrupção) já protocolou ações judiciais que cobram R$ 48 milhões do grupo integrado pelos irmãos Lucas Coutinho e Sérgio Duarte Coutinho.
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) abriu investigação para apurar o vazamento da 1ª fase da Operação Turn Off, deflagrada no dia 29 de novembro do ano passado. Conforme a investigação, parte dos alvos tinha conhecimento do caso e apagou conversas nos aplicativos de mensagens para dificultar a investigação.