Os escândalos de corrupção não abalaram o favoritismo da prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP), de conquistar a reeleição em outubro. Turbinada por uma coligação com 10 partidos, entre os quais PSDB e PT, a pepista de 57 anos vai tentar se manter invicta em disputas eleitorais, após ser eleita vereadora em 2020 e chefe do Executivo em 2021.
Ao registrar sua candidatura na Justiça Eleitoral, Vanda declarou possuir R$ 609.045,15 em bens, uma pequena perda em relação aos R$ 631.320,31 que tinha há quatro anos. Neste período, sua casa segue com o mesmo valor de R$ 585 mil, e a principal diferença está no Honda HRV de R$ 44.804,38 declarado em 2020, que não possui mais. Além disso, tem em contas bancárias e investimento de R$ 24.045,15.
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A coligação “O trabalho não pode parar” é encabeçada pelo PP e conta com o arco de alianças com Podemos, PSB, PSD, Federação PSDB/ CIDADANIA, Federação PT/PC do B/PV) e o União Brasil. Apesar disso, a chapa majoritária é pura, tendo o farmacêutico e ex-vereador Nelio Saraiva Paim Filho como candidato a vice.
Nelio Paim foi eleito vereador em 2012, naquela ocasião declarou possuir R$ 24.275,58 em bens à Justiça Eleitoral. Após 12 anos, seus recursos aumentaram para R$ 362.047,23 em 2024, ou seja, 1.391% maior, formado atualmente por três terrenos que somados rendem R$ 302.541,64, mais R$ 23.254,70 relativos a 22,61% de uma fazenda, e R$ 36.250,89 em consórcios e investimentos.
Apesar da Operação Tromper, o maior escândalo de corrupção no município, a prefeita lidera com folga a disputa. Nem a citação do seu nome como integrante do esquema comandado pelo genro Claudinho Serra (PSDB) e de uma delação premiada homologada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul abalou seu favoritismo.
No último levantamento do Instituto Ranking Brasil Inteligência, Vanda Camilo tem entre 34% e 38%. O 2º colocado, seja o bolsonarista Rodrigo Basso (PL) ou o ex-prefeito Daltro Fiúza (MDB), não passa de 26%.
Fiuza, inclusive, foi eleito prefeito em 2020, mas teve o registro de sua candidatura rejeitado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul e confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral por ser enquadrado na lei da “Ficha Limpa”.
Em março de 2021, foi realizada eleição suplementar em que Vanda saiu vitoriosa, pouco depois de ser eleita vereadora no ano anterior.