O juiz Fernando Moreira Freitas da Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia, aceitou a denúncia por obstrução de investigação criminal contra organização criminosa contra o empresário Ueverton da Silva Macedo, o Frescura, 34 anos. Para impedir a descoberta do esquema de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia, ele sumiu com dois telefones celulares do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
“Observo que estão presentes prova da materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria. Além disso, a denúncia preenche os requisitos previstos no artigo 41 do Código de Processo Penal, não se vislumbrando, nesta fase processual, hipóteses de rejeição previstas no artigo 395 do CPP”, concluiu o magistrado.
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Frescura escondeu os celulares para evitar a apreensão dos aparelhos na 3ª fase da Operação Tromper, que investiga o desvio de recursos no município comandado pelo vereador licenciado Claudinho Serra (PSDB), genro da prefeita Vanda Camilo (PP).
Frescura foi preso na 2ª e na 3ª fase da Operação Tromper. Ele já foi denunciado duas vezes pelos crimes de corrupção passiva, peculato, organização criminosa e fraude em licitações. Agora, virou réu pela 3ª vez na Justiça.
No dia 3 de abril deste ano, ao ser alvo da 3ª fase da Operação Tromper, ele se recusou a entregar os aparelhos e a revelar onde os tinha escondido. “Ocorre que durante o cumprimento dos mandados, no dia 03 de abril de 2024, em operação intitulada de Tromper III, o denunciado UEVERTON DA SILVA MACEDO deliberadamente ocultou seu telefone celular, com o intuito de impedir que o Ministério Público tivesse acesso ao conteúdo armazenado no aparelho”, pontuam os promotores.
“Inicialmente, o denunciado UEVERTON DA SILVA MACEDO informou falsamente que não tinha telefone celular, mas depois de várias indagações, na fase final das buscas, acabou por admitir que ocultou seu aparelho em compartimento secreto existente no imóvel, criado justamente para evitar que fosse apreendido novamente pelas forças policiais, como já havia acontecido na 1ª fase da Operação Tromper”, denunciou o MPE.0
Os policiais do Batalhão de Choque e do Gaeco vasculharam a casa de Frescura, mas não conseguiram encontrar os telefones.