Como fim do período de convenções partidárias, a disputa pela Prefeitura de Corumbá está concentrada em quatro candidatos, o ex-vereador e médico cirurgião Gabriel Alves de Oliveira, o Dr. Gabriel (PSB), o senador cassado Delcídio do Amaral (PRD), o ex-secretário municipal de Governo Luiz Antônio Pardal (PP), e o empresário bolsonarista André Campos (PL).
Dr. Gabriel foi o primeiro a ser oficializado em convenção no dia 31 de julho. A ex-deputada federal Bia Cavassa (PSDB) foi indicada como vice-prefeita na coligação “União por Corumbá”, que terá o impulso da máquina estadual do governador Eduardo Riedel (PSDB). O grupo ainda é cacifado pelo ex-prefeito de Corumbá e atualmente deputado estadual Paulo Duarte (PSB).
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Com 41 anos de idade, Dr. Gabriel iniciou sua carreira política nas eleições de 2016, quando foi eleito vereador com 2.063 votos, sendo o parlamentar mais votado daquela eleição no município. Em 2020, disputou o cargo de prefeito e terminou em terceiro lugar, com 9.321 votos. Já em 2022, ele saiu candidato a deputado estadual, obtendo 9.448 votos, ficando como suplente.
A coligação majoritária é liderada pelo PSB com o apoio das federações PSDB/Cidadania; Psol/Rede, além do Solidariedade, Republicanos, PSD e MDB. Sendo que ainda aguarda decisão da federação PT, PCdoB e PV.
O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, decidiu lançar chapa pura para disputar a eleição municipal em Corumbá. Em 1º de agosto, a legenda homologou o nome do empresário André Campos para prefeito e do advogado George Albert Fuentes de Oliveira para vice-prefeito.
A pré-candidatura foi lançada em 2023, depois foi barrada pela executiva nacional devido à coligação estadual com o PSDB, mas acabou confirmada após reunião com Bolsonaro, na terça-feira (30), em Brasília. O empresário foi um dos poucos bolsonaristas que conseguiu se manter candidato após a aliança com os tucanos.
Sem espaço no PSDB, o ex-secretário de Governo de Corumbá Luiz Antônio deixou o ninho tucano e se filiou ao PP para concorrer à prefeitura com o apoio do atual chefe do Executivo, Marcelo Iunes, licenciado do PSDB. Pardal, como é conhecido, foi oficializado candidato em 2 de agosto. O médico Manoel João de Oliveira, do União Brasil, é o vice da chapa “Seguindo juntos por Corumbá”.
Na chapa majoritária, o PP, da senadora Tereza Cristina, conta com os partidos União Brasil, PDT e o DC
Também em 2 de agosto, o ex-senador Delcídio do Amaral, presidente estadual do PRD, resultado da fusão de PTB e Patriota, teve a candidatura a prefeito de Corumbá confirmada na convenção do partido.
Natural da Cidade Branca, Delcídio sempre foi bem votado na cidade nas eleições em que disputou e escolheu seu berço político para tentar pôr fim a série de derrotas nas urnas que tem sofrido desde que foi cassado pelo Senado, em maio de 2016.
O ex-senador foi ministro das Minas e Energia na gestão de Itamar Franco e um dos diretores da Petrobras. Ele foi eleito senador em 2002 com o apoio de Zeca do PT e reeleito em 2010.
Delcídio chegou a ser um dos principais líderes da política nacional até ser preso na Operação Lava Jato acusado de comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró. Delcídio foi preso e cassado pelo Senado. Ele acabou sendo inocentado pela Justiça Federal desta acusação, mas não conseguiu recuperar o mandato.
O nome do vereador Luciano Costa, do Podemos, era considerado como o mais forte para ser vice de Delcídio, mas na convenção foi anunciado que o PRD aguardaria até as últimas horas do fim do prazo, que encerra nesta segunda-feira (5), para fechar apoio para a coligação “Pela Retomada de Corumbá”.