Odilon de Oliveira – Dentre os direitos sociais garantidos pela Constituição Federal, a educação se posiciona como o mais amplo instrumento de inclusão social. É o link da vida, pelo qual se tem acesso a qualquer área do conhecimento humano. O ensino prepara o aluno, pobre ou rico, para o exercício da cidadania e lhe confere qualificação para o trabalho, diz a Constituição Federal.
Sempre me interessei pela educação, influenciado também por minha origem. Alfabetizado na roça, aos 16 anos de idade, em ambiente improvisado no próprio rancho, após longo e pesado dia de trabalho, conseguindo me tornar advogado, promotor de justiça, juiz de direito, procurador federal e juiz federal, tenho condições de metrificar a importância da educação sobretudo para os menos afortunados. Lecionei durante sete anos em escolas estaduais.
Veja mais:
Tema Livre – A valorização da história e das potencialidades da mulher negra
Tema Livre – Seja um líder que sabe escutar
Tema Livre – Empreendedorismo com propósito
Nos últimos cinco anos anteriores a 2018, proferi 452 palestras motivacionais na rede pública de ensino, principalmente nas escolas municipais de Campo Grande, mediante convênio. Pela manhã, para os alunos, e à noite, para todos os pais, em quadras de esportes, às terças e quintas.
Conheço todas as escolas municipais de Campo Grande. Administrar a educação, pelo Município e pelo Estado, é tarefa de alta complexidade. Para o cumprimento desse dever, desempenhado com obediência a diversos princípios, dentre os quais a universalização da oferta e a valorização dos profissionais do setor, tem que existir estrutura material condizente.
Sem essa base não é possível manter padrões mínimos de qualidade. A população escolar cresce e, com ela, a demanda também. Daí a importância da criatividade mediante o uso de salas modulares.
O censo escolar de 2023 mostra a necessidade da ampliação da quantidade de vagas na rede pública brasileira.
Foram 47 milhões de matrículas nas 178 mil escolas da educação básica, tocando dois terços para a rede municipal e apenas 23% para a particular. Isto sem falar na educação de jovens adultos (EJA), beneficiando em torno de 2,3 milhões de brasileiros.
Para garantia do padrão de qualidade e de salubridade, o MEC impõe regras de ocupação do espaço físico em cada escola, a exemplo da quantidade de alunos por sala de aula, que não pode passar de um por metro quadrado. A necessidade de acesso à internet é outra realidade no cenário da educação. Esses fatores, assim como a cultura e a prática de esportes, também obrigatórias, geram uma crescente exigência de espaços maiores.
Com menores custos e sem impactos ao meio ambiente, a solução indicada está no emprego de salas modulares, modalidade adotada pela Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes. A escola modular garante conforto e segurança, contendo isolamento térmico adequado.
A estrutura básica já existente, como banheiros, cozinha etc., é aproveitada. A montagem é rápida e não há geração de entulhos. Em poucos dias, monta-se uma nova sala de aula, gerando-se uma grande economia com materiais e mão de obra. É o avanço da tecnologia ampliando a capacidade da escola quanto ao número de vagas, o que vem sendo empregado em vários municípios brasileiros.