O Conselho Federal de Medicina cassou o registro de médico do ginecologista Salvador Walter Lopes de Arruda. O ex-diretor-presidente do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian é réu em várias ações na Justiça estadual por assédio sexual de pacientes. Ele chegou a ter a prisão preventiva decretada após ignorar uma denúncia na Justiça.
Nesta segunda-feira (22), no Diário Oficial, o CFM publicou o resultado do julgamento realizado pelo Pleno do Tribunal Superior de Ética Médica, que ocorreu no dia 19 de junho deste ano.
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“Torna pública a sanção de CASSAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL, prevista na alínea ‘e’ do artigo 22 da Lei nº 3.268/57, e consequente cancelamento do registro profissional de médico do Dr. SALVADOR WALTER LOPES DE ARRUDA, CRM/MS nº 1.217, por infração aos artigos 23, 30, 38, 40 e 73 do Código de Ética Médica de 2018 (Resolução CFM nº 2.217/18)”, informou o presidente do conselho, José Hiran da Silva Galo.
Entre os artigos, Salvador de Arruda foi punido por delegar a outros profissionais atos ou atribuições exclusivos da profissão médica; desrespeitar o pudor de qualquer pessoa sob seus cuidados profissionais; aproveitar-se de situações decorrentes da relação médico-paciente para obter vantagem, física, emocional, financeira ou de qualquer outra natureza; e revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por motiro justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente.
Ele é réu por importunação sexual e assédio sexual contra pacientes nas 1ª, 3ª, 4ª e 6ª varas criminais de Campo Grande. Os processos tramitam em sigilo para preservar a dignidade das vítimas.