Em campanha, o deputado federal Beto Pereira (PSDB) detonou um dos principais projetos da atual prefeita, Adriane Lopes (PP), a construção de 166 salas de aulas modulares com investimento de R$ 42 milhões. O pré-candidato a prefeito definiu como “salas de lata”, que não possuem infraestrutura adequada nem oferecem conforto aos estudantes da rede municipal de ensino.
Com o objetivo de suprir a falta de vagas na rede municipal de ensino, Adriane lançou o projeto para construir salas de aulas modulares para atender 6,6 mil novos alunos. Na ocasião, a chefe do Executivo disse que a sala modular foi a alternativa para não fechar turmas do 9º ano para atender o grupo 4 do ensino fundamental.
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Por meio da assessoria, o candidato do PSDB disse que as unidades não possuem ar-condicionado nem banheiro. “O resultado: calor insuportável, aulas canceladas e alunos abandonando os estudos. Somados a uma infraestrutura deficitária, falta de material de estudo, de computadores, e até de papel higiênico nos banheiros, a situação das salas está transformando a educação pública campo-grandense em um case de fracasso”, acusou.
“Será que o caminho é esse? Salas modulares de metal, sem nenhum tipo de infraestrutura, sem conforto, sem ar condicionado, sem banheiro? De que adianta aumentar o número de alunos desta forma, sem dotar o resto a escola da infraestrutura necessária, sem planejamento? Vamos seguir o exemplo do Estado, com reformas que sejam feitas para durar 30 anos”, prometeu Beto.
“Investir em mobiliário ergonômico, melhorar a ventilação e a iluminação, e garantir que as salas de aula sejam espaços acolhedores e seguros são passos essenciais para promover um aprendizado efetivo. Como as evidências sugerem, esses investimentos não são apenas uma questão de infraestrutura, mas sim uma componente fundamental de uma educação de qualidade que pode ajudar a fechar as lacunas de desempenho e proporcionar a todos os alunos a oportunidade de alcançar seu potencial máximo”, avaliou o tucano.
A guerra entre o candidato do PSDB e Adriane Lopes ficou mais acirrada após Beto Pereira obter o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que vinha sendo cortejado pela progressista desde o ano passado.
Agora, com o bombardeio aos principais projetos da atual gestão, o deputado federal sinaliza que Adriane é o primeiro alvo na disputa da prefeitura. O PSDB e o PP são aliados em nível estadual e, eram, também até o mês passado, no município.
Procurada para falar sobre as críticas ao projeto de ampliação de vagas na educação, Adriane informou, por meio da assessoria, que não responderia ao ataque do tucano.