O ex-secretário estadual-adjunto da Educação, Édio Antônio Resende de Castro Bloch, livrou-se da tornozeleira eletrônica após sete meses. Acusado pelo desvio de R$ 13 milhões na compra de aparelhos de ar-condicionado na Secretaria Estadual de Educação, ele obteve autorização do juiz Eduardo Eugênio Siravegna Júnior, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande.
Conforme despacho publicado nesta terça-feira (9), no Diário Oficial da Justiça, o magistrado negou o pedido de Pedro Henrique Muleta Andrade, ex-coordenador da APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) para suspender as medidas cautelares.
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Édio Antônio e Muleta tiveram a prisão preventiva decretada no dia 29 de novembro do ano passado com a deflagração da Operação Turn Off. No entanto, eles ficaram presos poucos dias. No dia 2 de dezembro de 2023, o desembargador Emerson Cafure, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, revogou a prisão preventiva mediante o monitoramento eletrônico.
Agora, sete meses após colocar o adereço, o adjunto da Educação obteve decisão favorável na Justiça. “Diante do exposto: 1) DEFIRO o pedido apresentado por Édio Antônio Resende de Castro Bloch, apenas no que se refere à revogação da medida cautelar de monitoramento eletrônico. Oficie-se à AGEPEN para que providencie a imediata retirada do aparelho”, determinou Eduardo Eugênio Siravegna Júnior.
Inicialmente, o GECOC (Grupo Especial de Combate à Corrupção) informou que houve o desvio de R$ 4,6 milhões na compra de ar condicionado pelo Governo estadual. No entanto, ao concluir a investigação, o MPE informou que protocolou ação penal contra os acusados pelo desvio de R$ 13 milhões na compra dos aparelhos. O processo tramita em sigilo.
No dia 6 do mês passado, o MPE deflagrou a 2ª fase da Operação Turn Off e prendeu os irmãos Lucas de Andrade Coutinho e Sérgio Duarte Coutinho Júnior. Eles estariam se desfazendo dos imóveis adquiridos com o dinheiro supostamente desviado dos cofres públicos.