A ex-superintendente da Sudeco, Rose Modesto (União Brasil), segue na liderança, mas em situação de empate técnico com a prefeita Adriane Lopes (PP). Únicos a subirem na rodada, o ex-governador André Puccinelli (MDB) e o deputado federal Beto Pereira (PSDB) encostam nas favoritas e sinalizam uma disputa embolada pelas duas vagas no 2º turno em Campo Grande, segundo o Instituto Ranking Brasil Inteligência.
O empate quadruplo na liderança fica mais evidente na pesquisa espontânea, quando o pesquisador não apresenta os nomes dos candidatos, com a diferente entre o primeiro lugar, Rose com 13,60%, e o 4º, Beto com 10,20%, fica em 3,4 pontos percentuais. A margem de erro da sondagem é de 2,2% para mais ou menos.
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Registrada com o nº MS-08489/2024, a pesquisa ouviu 2 mil campo-grandenses com mais de 16 anos entre os dias 4 e 9 deste mês. O intervalo de confiança é de 95%. O instituto simulou três cenários.
Espontânea
Na espontânea, Rose lidera com 13,60%, contra 13,40 de Adriane, 12,10% de André, 10,20% de Beto, 1,20% da deputada federal Camila Jara (PT), 0,50% do pecuarista Beto Figueiró (Novo), 0,40% do deputado estadual João Henrique Catan (PL), 0,30% do vereador Professor André Luís (PRD), 0,20% de Ubirajara Martins e 0,10% do cientista político Luso Queiroz (PSOL).
Indecisos, nulos e brancos somam 47% – ou seja, quase metade dos eleitores ainda não estão totalmente decididos sobre o voto na disputa pela prefeitura da Capital a quatro meses do primeiro turno.
Rose vinha subindo desde fevereiro, quando pontuou em 11,2% e chegou a atingir 16% em abril. No entanto, a ex-deputada oscilou para baixo em maio e perdeu a primeira posição para Adriane. Manteve-se estável neste mês, mas reassumiu a liderança.
A prefeita ensaiou um arrancada passando de 10,2% para 14,3% em abril, mas perdeu o fôlego e o segundo lugar para Rose ao se manter estável entre maio (13,2%) e junho (13,40%). E pior, viu os principais adversários encostarem.
Indeciso entre ser e não ser candidato, o ex-governador do MDB perdeu quatro pontos entre fevereiro e março, passando de 12,5% para 8%, mas começou a ser recuperar em abril e manteve o ritmo, chegando a 12,10%.
Principal aposta do ex-governador Reinaldo Azambuja e do governador Eduardo Riedel, Beto Pereira manteve o crescimento constante, acumulando seis pontos em quatro meses, de 4,8% em fevereiro para 10,20% neste mês. Com a famosa estrutura tucana e o poder da máquina estadual, o deputado passa a ser a principal ameaça para os três primeiros.
Após unir o PT e ser oficializada como candidata, Camila Jara perdeu o fôlego e se manteve em 1,20%. Ela corre o risco de ser atropelada por Beto Figueiró, que entrou disposto a conquistar o voto dos bolsonaristas como o único candidato de direita no pleito.
Cenário 1
Na estimulada, Rose lidera com 25%, seguida por Adriane com 22%, André com 18%, Beto com 14%, Camila com 2,30%$, Beto Figueiró com 1,80%, João Henrique com 1,5%, Professor André Luís com 0,60%, Ubirajra com 0,30% e Luso com 0,20%. Indecisos, nulos e brancos foram de 14,30%.
A ex-superintendente da Sudeco manteve o crescimento, mas reduziu o ritmo. Rose acumula nove pontos em quatro meses, já que saltou de 16% em fevereiro para 25% neste mês. Adriane cresceu 6,8 pontos percentuais no mesmo período, de 15,2% para 22%.
A briga entre as duas mulheres ganhou dois concorrentes de peso com a recuperação de André, que chegou a cair em fevereiro, mas voltou a subir, e do candidato do PSDB, que acumula alta de 7,9 pontos percentuais no mesmo período.
Adriane ainda tem o trunfo de conseguir o apoio oficial do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que já anunciou predileção por cinco candidatos e acabou adiando a decisão. Ela corre o risco de ser ultrapassada por Beto ou André até o início das convenções. Beto tinha 6,1% em fevereiro e agora tem 14%. Puccinelli caiu, mas já subiu cinco pontos desde fevereiro, de 13% para 18%.
Já o segundo pelotão de um dígito não sofreu muitas alterações e segue com Camila, Beto Figueiró, Professor André Luís e Luso brigando pela lanterna.
Cenário 2
No segundo cenário, Rose segue na liderança com 25,30%, com Adriane em 2º, com 22,40%, André Puccinelli com 18,30%, Beto Pereira com 15%, Camila Jara com 2,50% e Beto Figueiró com 2%. Os nulos, indecisos e brancos somaram 14,50%.
Rose ficou estável, mas manteve a vantagem sobre a prefeita. André e Beto cresceram. O emedebista empata tecnicamente com Adriane, enquanto o tucano alcança o emedebista. Camila perdeu pontos, enquanto o candidato do Novo manteve o percentual.
Cenário 3
No terceiro cenário, Rose lidera isolada com 37,30%, enquanto Adriane Lopes fica com 30%, Beto Pedreira com 16% e Camila Jara com 2,70%. Nulos, indecisos e brancos seriam 14%.
Este levantamento mostra que Rose é a principal herdeira dos votos de André Puccinelli. Ela acumula alta de 5,3 pontos desde abril e não seria ameaçada pela prefeita. Adriane subiu 2%. A pesquisa aponta que no cenário com poucos candidatos, as duas mulheres se enfrentariam no 2º turno.
Beto Pereira cresceu cinco pontos em dois meses, mas segue longe do 2º lugar. A petista caiu pela metade, já que passou de 5,80% para 2,70% no período.
A pesquisa acontece a um mês do início das convenções partidárias e será decisiva para mostrar a força dos pré-candidatos na corrida eleitoral. O principal desafio dos políticos será manter o percentual, considerando-se a reviravolta que ocorreu na última eleição para governador. André despencou do primeiro lugar nas pesquisas divulgadas no sábado para 3º lugar, enquanto Capitão Contar saltou de 4º para o primeiro.
Então, para bom entendedor, pesquisa não é urna, mas apenas um termômetro do momento.