Sem a presença do presidente da Câmara dos Vereadores de Campo Grande, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), o sexto suplente do PSDB, Gian Sandim assumiu nesta quarta-feira (29) o mandato de Claudinho Serra, também tucano, que recorreu a uma licença médica por 120 dias depois de amargar 23 dias de prisão por suspeitas de corrupção.
Carlão, semana passada havia dado posse a Dr. Lívio que, no período da janela partidária, trocou o PSDB pelo União Brasil. Gian apelou judicialmente e conseguiu a vaga. O legislativo municipal também recorreu para manter Lívio, mas a justiça comum entendeu que o mandato ficaria com Gian.
Veja mais:
TJ mantém promoção “ilegal” e livra Marquinhos da aposentadoria pelo INSS
Para representar pessoas com deficiência, 7ª suplente cogita pedir mandato de João Rocha
Carlão não cumpre liminar e guerra pela vaga de Claudinho chega ao Tribunal de Justiça
No entanto, a posse de Gian, não põe fim à guerra judicial que se criou com a vaga deixada por Claudinho.
“Vamos recorrer até a última instância”, garantiu Carlão ao O Jacaré. O presidente, afirmou, que inicialmente a Câmara vai recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral. “Gostaria que a corte decidisse por meio de um colegiado não só por liminar e com um só juiz”, afirmou.
Carlão sustentou ainda não ter comparecido à posse de Gian porque tinha firmado compromisso hoje, às 8h30 minutos, em Coxim [cidade distante 240 km de Campo Grande” e que, antes da viagem, por temer atraso, deixou a tarefa da posse ao seu vice [Dr. Loester].
Embora tenha confirmado que a Câmara vai recorrer da decisão que permitiu a posse de Gian, o chefe do legislativo contou que “nada tem contra ninguém, nem partido, apenas defendo a Câmara Municipal”.
Ele acha que a vaga seria de Dr. Lívio por entender que o suplente trocou de partido no período da chamada janela partidária e que isso é permitido, legal, por regra eleitoral.
E prosseguiu: “agora que ele [Gian] assumiu vamos trabalhar pela cidade, conheço ele e o pai dele há três décadas, nada tenho contra, sei da história deles”, completou o parlamentar.
O mandato em questão é de Claudinho Serra, que foi preso por integrar uma quadrilha que supostamente fraudava licitação promovida pela prefeitura de Sidrolândia, que é tocada por Vanda Camilo, do PP, sogra de Claudinho.
Antes de vereador, ele ocupou lá cargo de secretário de Fazenda. Para o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, Claudinho seria o chefe da organização criminosa.