O presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ednaldo Rodrigues, determinou, em portaria publicada nesta segunda-feira (27), o afastamento de Francisco Cézar de Oliveira por 90 dias do comando da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul. Preso na Operação Cartão Vermelho acusado de desviar R$ 6 milhões, ele será substituído interinamente pelo ex-presidente do Operário e atual vice da entidade, Estevão Antônio Petrallás.
Na tentativa de manter a influência na FFMS, de dentro do Presídio Militar, onde está detido há uma semana, Cézario encaminhou o pedido de licença do cargo de presidente da federação. Ele trabalhava para indicar outro vice-presidente, Alfredo Zamluti.
Veja mais:
Tribunal de Justiça Desportiva de MS aguarda manifestação da CBF sobre substituto de Cezário
Cezário usou irmã e loja de fachada para ocultar dinheiro desviado do futebol, suspeita Gaeco
Vice de Cezário usou empresa e filho para desviar dinheiro da Federação de Futebol, diz Gaeco
No entanto, a CBF não seguiu o desejo de Cézario e Petrallás assume interinamente o comando da Federação de Futebol. O afastamento só ocorreu, conforme Ednaldo, porque o decano está preso e o afastamento poderia comprometer o futebol sul-mato-grossense.
“Considerando, no entanto, que o fato de estar custodiado o impede de exercer a atividade de administração da FFMS que, assim, pode vir a sofrer prejuízos de expressão”, justificou o mandatário da CBF.
Ednaldo Rodrigues justificou que não pode destituir Cezário, no comando da Federação de Futebol desde 1998 e cumprindo um mandato que vai até 2027, por causa da presunção da inocência.
O Gaeco prendeu Cezário e os sobrinhos na Operação Cartão Vermelho por supostamente desviar R$ 6 milhões da Federação de Futebol. Os recursos são repassados pela CBF e Fundesporte.