A Justiça determinou o sequestro de R$ 12,5 milhões em contas bancárias e bens do vereador Claudinho Serra (PSDB), réu pelos crimes de corrupção, peculato, organização criminosa e fraude em licitações. Ele é acusado de chefiar uma organização criminosa que teria desviado uma fortuna da Prefeitura de Sidrolândia, comandada pela sogra, Vanda Camilo (PP).
O Ministério Público Estadual pediu o bloqueio de 22 réus por integrar o grupo comandado por Claudinho. O sequestro foi determinado pelo juiz Fernando Moreira de Freitas da Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia, antes de sair de férias. Ele está sendo substituído até o início de junho pelo juiz Fábio Henrique Calazans Ramos, da 13ª Vara Cível de Campo Grande.
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Conforme O Jacaré apurou, a promotora Bianka Machado Mendes e os promotores Adriano Lobo Viana de Resende e Humberto Lapa Ferri, do GECOC (Grupo Especial de Combate à Corrupção), pediram o bloqueio de R$ 12,5 milhões de Claudinho.
Apontado com um dos pivôs no esquema, o empresário Ricardo José Rocamora Alves, que ficou foragido por oito meses e só foi preso após ser deflagrada a 3ª fase da Operação Tromper, teve o bloqueio de R$ 1,4 milhão deferido pela Justiça.
O genro da prefeita Vanda Camilo (PP), ex-servidores e empresários viraram réus pelos crimes de peculato, corrupção passiva e ativa, organização criminosa, fraude em licitações e concurso material dos crimes.
“Estão presentes prova da materialidade dos crimes, bem como indícios suficientes da autoria delitiva. A denúncia preenche os requisitos previstos no artigo 41 do Código de Processo Penal, e não se vislumbram, nessa fase, as hipóteses de rejeição previstas no artigo 395 do referido Codex”, concluiu o magistrado em despacho publicado no dia 19 de abril deste ano.
Os réus são Ana Claudia Alves Flores, Carmo Name Júnior, Claudio Jordão de Almeida Serra Filho, Cleiton Nonato Correia, Edmilson Rosa, Fernanda Regina Saltareli, Heberton Mendonça da Silva, Jacqueline Mendonça Leiria, Luiz Gustavo Justiniano Marcondes, Marcus Vinícius Rossentini de Andrade Costa, Maxilaine Dias de Oliveira, Milton Matheus Paiva Matos, Paulo Vitor Famea, Rafael Soares Rodrigues, Ricardo JoseRocamora Alves, Roberta de Souza, Roger William Thompson Teixeira de Andrade, Saulo Ferreira Jimenes, Thiago Rodrigues Alves, Ueverton da Silva Macedo, Valdemir Santos Monção e Yuri Morais Caetano.
O ex-servidor Tiago Basso da Silva, que é citado nas tratativas de pagamento de propina e direcionamento nas licitações, firmou delação premiada com o MPE. O acordo já foi homologado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e o livrou de ser denunciado com os demais réus.