Os réus pela execução do empresário Marcel Hernandes Colombo, o Playboy da Mansão, apontaram 15 testemunhas de defesa para o júri popular que será agendado pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri. O destaque será um integrante de organização criminosa, Kauê Vitor Santos da Silva, conhecido como traficante ostentação.
Kauê Vitor está preso no Complexo Prisional de Bangu, no Rio de Janeiro, e deverá depor por videoconferência no júri popular do empresário Jamil Name Filho, do guarda municipal Marcelo Rios e do policial federal Everaldo Monteiro de Assis.
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Este será o segundo júri popular de Jamilzinho e Rios. Eles foram condenados a 23 anos de prisão no regime fechado pelo assassinato do universitário Matheus Coutinho Xavier, ocorrido no dia 9 de abril de 2019.
A execução do Playboy da Mansão ocorreu no dia 18 de dezembro de 2018 em um bar no Centro de Campo Grande. Ele teria sido morto por vingança de Jamil Name Filho, que não teria gostado do esbarrão dentro uma boate no Jardim dos Estados.
A defesa Jamil Name Filho indicou sete testemunhas: Eliane Benitez Batalha dos Santos, Thiago Augusto Novais de Santana, Leonardo Fabrício Gomes Soares, João Américo Domingos, Vinícius Coutinho Garabini, Marcelo Oliveira Provenzi e Rodrigo Ferzeli. Ele deveria cinco testemunhas, mas excedeu porque será julgado por mais de um crime.
“Registra-se que não há qualquer extrapolação do limite legal de testemunhas arroladas, uma vez que aplica-se a regra genérica de 5 (cinco) testemunhas por fato delituoso, sendo que, no caso em tela, o Assistido responde por um homicídio qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima e pelo motivo torpe em relação à vítima Marcel Costa Hernandes Colombo, bem como pela tentativa de homicídio, com as mesmas qualificadoras, em relação à vítima Tiago do Nascimento Bentos (fls. 09), de forma que poderiam ser arroladas até 10 (dez) testemunhas”, pontuou a defesa comandada pelo ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça, Nefi Cordeiro.
Marcelo Rios também arrolou a esposa, Eliane Benitez Batalha, que ficou famosa por ter revelado o plano de execuções ao Garras e depois ter recuado em juízo. Além dele, el colocou Angela Freitas e o traficante Kauê Vitor Santos da Silva, que ganhou notoriedade como traficante ostentação e por ter sido preso em um hotel em Copacabana, no Rio de Janeiro.
Kauê também foi responsável por escrever o suposto bilhete com o plano de Jamil Name e do filho, dentro Presídio Federal de Mossoró, de se vingar de autoridades pela prisão na Operação Omertà. Conforme o bandido, os empresários planejam cooptar testemunhas e matar o delegado Fábio Peró, então no Garras, o promotor Tiago Di Giulio Freire, do Garras, e um defensor público.
Já Everaldo Monteiro de Assis indicou como testemunhas João Rogério Silveira D’Ávila, Fernando Maikon Soares, José Eduardo Rocha, Gilberto Farias Freitas e Antônio Raniere de Queirós Magalhães.
O policial federal trocou a equipe de defesa para o júri popular. O juiz federal aposentado Odilon de Oliveira cedeu o lugar para o ex-juiz federal Jail Azambuja. Ele também pediu para o juiz impedir a exibição de um documentário da TV Morena sobre o assassinato de Matheus no plenário do julgamento.
O próximo passo é o juiz marcar o júri popular.