Os graves problemas de saúde, como a longa fila de espera por exames e a falta de remédios nos postos de saúde, lideram as queixas dos campo-grandenses, segundo pesquisa do Instituto Ranking Brasil Inteligência. Apesar das turbulências, inclusive falta de recursos para investimentos vultuosos, a prefeita Adriane Lopes (PP) conseguiu melhorar a popularidade ao alcançar 38% de ótimo e bom.
De acordo com o levantamento, houve acréscimo de quatro pontos percentuais na reprovação da progressista, com o índice de ruim/péssimo saltando de 21%, em fevereiro deste ano, para 25% neste mês.
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A pesquisa ouviu 2 mil eleitores entre os dias 6 e 11 deste mês. A margem de erro é de 2,2% para mais ou menos. O intervalo de confiança é de 95%. O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral com o número MS-9628/2024.
Adriane começou o ano com a gestão sendo classificada como regular pela maior parte da população. Em fevereiro, 38% a consideravam regular, enquanto 35% avaliavam positivamente e 21% negativamente. O regular oscilou para 37,60% em março, 35% em abril e 33% neste mês.
Por outro lado, a aprovação, soma do ótimo e bom, passou de 35% em fevereiro para 36% em março, 37% em abril até 38% no início de maio. Os números refletiram nas intenções de voto, segundo o Ranking, já que Adriane está na cola de Rose Modesto (União Brasil).
A ex-superintendente da Sudeco lidera com índices entre 24% e 37%, enquanto Adriane varia entre 21,60% e 30%, de acordo com a pesquisa do Instituto Ranking Brasil. Ela inclusive ultrapassou o ex-governador André Puccinelli (MDB), com 16,4% a 17% e tem o dobro do candidato tucano, o deputado federal Beto Pereira.
De acordo com a pesquisa, a saúde lidera o ranking de queixas da população. Em primeiro lugar, apontado pro 30% – um terço dos moradores – está a longa espera por exames médicos. Em segundo, 25,40% – um em cada quatro eleitores – apontam a falta de remédios nos postos de saúde. No início do ano, a Secretaria Municipal de Saúde admitiu que faltou até dipirona.
O surto de doenças respiratórias e viroses de outono agravaram a situação, com postos de saúde lotados e doentes sendo atendidos no chão ou obrigados a esperar horas por atendimento. Para resolver o problema, Adriane decretou emergência por 90 dias na saúde.
A falta de recapeamento nas vias públicos foi apontado por 15,20%. Estima-se que 250 quilômetros de vias não serão recuperadas com a tradicional operação tapa-buracos e o recapeamento exigirá investimento expressivo.
Moradores também apontaram como problemas a falta de limpeza nos bairros (13,40%), a falta de vagas nas escolas de educação infantil (11%), a precariedade no transporte coletivo (9,40%) e obras paradas (8%).