O deputado estadual cassado Rafael Tavares anunciou, nesta quinta-feira (16), que não é mais candidato a prefeito de Campo Grande. Nas redes sociais, ele anunciou que retirou a candidatura com o objetivo de unir a direita. Com a decisão, o partido segue rachado, mas o nome de Aparecido Andrade Portela, o Tenente Portela, ganha mais força para ser o candidato do partido nas eleições deste ano.
Primeiro suplente da senadora Tereza Cristina (PP), o militar é amigo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e só tem um adversário na disputa, o deputado estadual João Henrique Catan (PL).
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Rafael chegou a ter o nome anunciado por Bolsonaro como candidato a prefeito da Capital. Logo após o anúncio, o ex-deputado passou a ser alvo de ataques, como o da prática de rachadinha e de usar recursos da Assembleia Legislativa para pagar advogados. Ele negou qualquer irregularidade.
Na semana passada, Tenente Portela, como presidente municipal do PL, anunciou a retirada do apoio à candidatura de Rafael Tavares e se lançou como candidato a prefeito da Capital. Ele destacou que tem o respaldo de Bolsonaro para ser o candidato.
Rafael tentou insistir na candidatura, mas acabou desistindo. “Não quero fazer parte do problema”, afirmou nas redes sociais. Ele disse que não vai ficar atrapalhando a união da direita na Capital a dois meses das convenções.
Portela ainda vai enfrenta a sombra da prefeita Adriane Lopes (PP), que vem buscando o apoio de Bolsonaro à sua campanha pela reeleição. Ele aposta no poder de persuasão de Tereza Cristina sobre Bolsonaro para ter o aval do PL à sua candidatura.
Outra ameaça ao tenente é o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB), que foi candidato a governador na última eleição e tem pontuado bem nas pesquisas. Quatro candidatos da direita – Tenente Portela, Adriane Lopes, João Henrique e Capitão Contar – ainda sonham em ter o apoio de Bolsonaro para disputar a prefeitura.
De acordo com pesquisa do Instituto Ranking Brasil Inteligência, 40% podem votar no candidato apoiado pelo ex-presidente na Capital.