A médica veterinária Camila Celeste Brandão Ferreira Ítavo, da chapa 2 – Sempre Melhor, foi a mais votada na eleição para a escolha do novo reitor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Ela obteve 51% dos votos, contra 42,29% do 2º colocado, Marco Aurélio Stefanes, da Chapa 3 – Um Marco para o Século XXI.
A votação definiu a ordem dos candidatos na lista tríplice que será encaminhada ao Ministério da Educação. O novo reitor ou reitora será nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele pode escolher qualquer um dos três, mas o petista sempre tem escolhido o mais votado.
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O antecessor, Jair Bolsonaro (PL), não ouvia a opinião da comunidade universitária e sempre indicou o candidato mais alinhado com a ideologia da extrema direita. Em alguns casos, o ex-presidente nomeou um professor fora da lista tríplice, como foi o caso da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e o caso foi parar na Justiça.
Conforme a Comissão Eleitoral, 11.043 eleitores participaram da votação do novo reitor da UFMS, aumento de 34% em relação a 2020, quando 8.229 participaram do pleito. O atual reitor, Marcelo Turine, está no segundo mandato. Apesar da UFMS perder o posto de melhor instituição de ensino par aa UFGD, ele conseguiu com que a sua candidata fosse a mais votada pela comunidade.
Camila teve 5.634 votos, sendo 4.026 dos estudantes, 883 dos professores e 725 dos técnicos-administrativos. Marco Aurélio ficou com 4.671 votos – 3.680 dos acadêmicos, 556 dos servidores administrativos e 435 dos docentes.
O último colocado foi Ruy Alberto Caetano Corrêa Filho, da Chapa 3 – UFMS Alternativa, que teve 358 votos, sendo 292 dos estudantes, 34 dos técnicos e 32 dos professores.
O presidente da Comissão Executiva Central, Henrique Mongelli, destacou a participação recorde de estudantes e docentes. “A participação nesse ano foi maior do que nas outras eleições e isso é muito bom. Isso é muito importante para mostrar como as pessoas se preocupam com o novo reitor que nós vamos ter na UFMS a partir do final desse ano. Esse ano, em particular, o processo eleitoral transcorreu com muita calma, com muita serenidade”, avaliou.
O novo dirigente da UFMS vai comandar um orçamento de R$ 1,2 bilhão e assume a instituição com 45 anos de criação. É a maior instituição de ensino superior de Mato Grosso do Sul.