A Câmara Municipal de Campo Grande está sem registrar a presença do vereador Claudinho Serra (PSDB) desde 3 de abril, quando o parlamentar foi preso na Operação Tromper 3. Diante de uma possível renúncia ou afastamento do tucano, o presidente da Casa, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), consultou o Tribunal Regional Eleitoral para definir o suplente que deve ser convocado.
Estariam no páreo para herdar a cadeira os candidatos do PSDB que ficaram como suplentes nas eleições de 2020. No entanto, cinco deixaram o ninho tucano na última janela partidária, encerrada em 6 de abril. Isso gerou a indefinição de se eles perderam o direito de assumir o mandato de vereador na Capital, com salário de R$ 18,9 mil, verba indenizatória de R$ 30 mil e mais assessores.
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Carlão avisou que Claudinho poderá ser afastado caso deixe de participar de dez sessões consecutivas, o que ocorrerá no dia 7 de maio. Mesmo assim, não há obrigação de a Câmara convocar imediatamente o suplente, segundo o presidente, a não ser que haja pedido de renúncia. Pedido de cassação é descartado.
“Esse negócio de réu não tem nada a ver. A Câmara só pode agir quando o vereador faz algum ato dentro do mandato. O vereador Claudinho Serra está sendo acusado de um delito, mas ele não era nem diplomado como suplente, porque devido à pandemia o TRE-MS só o diplomou suplente depois, a pedido”, explicou Carlão, na sessão desta terça-feira (23).
Conforme o resultado do pleito de 2020, o primeiro suplente é o ex-vereador Lívio Viana, o Dr. Lívio, que teve 2.772 votos. Contudo, ele trocou o PSDB pelo União Brasil. O segundo, é outro ex-vereador, Elias Longo Júnior, 2.579 votos, que trocou o ninho tucano pelo Republicanos.
O 3º suplente é outro ex-parlamentar, Wellington de Oliveira, o Delegado Wellington, com 1.811 votos, deixou o PSDB pelo PP. O 4º suplente é Antônio Ferreira da Cruz Filho, 1.497 votos, filiou-se ao MDB. A 5ª suplente é a ex-vereadora Maria Aparecida de Oliveira Amaral, a Enfermeira Cida Amaral, 1.281 votos, que deixou o PSDB e se filiou ao Republicanos.
Apenas o 6º suplente, Giancarlo Josetti Sandim, o Gian Sandim, com apenas 1.227 votos, não trocou de partido e permanece no PSDB.
Caso o TRE-MS decida que os suplentes que deixaram o ninho tucano perderam o direito a assumir a cadeira de Claudinho Serra, Sandim ficaria com a vaga. Outra possibilidade é um dos cinco anteriores topar voltar para o PSDB e ficar na Câmara até o fim do ano. Neste caso, quem optar por este cenário abriria mão de disputar as eleições deste ano, já que deveria estar filiado ao partido pelo qual pretende concorrer até 6 de abril.