O empresário e produtor rural Christiano Bortolotto foi alvo dos três mandados de busca e apreensão da Polícia Federal nesta terça-feira (16) em Mato Grosso do Sul. Para cumprir a 26ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada com aval do Supremo Tribunal Federal, os policiais vasculharam a casa, o escritório e a empresa do ex-presidente da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul) em Amambai, a 343 quilômetros da Capital.
Bortolotto foi presidente do Sindicato Rural de Amambai por seis anos, entre 2006 e 2012, e presidiu a principal entidade dos produtores de soja entre 2015 a 2017. Ele possui uma escola particular e a empresa Armazéns CSB, com capacidade para 18 mil toneladas de grãos.
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De acordo com a PF, o objetivo da investigação é identificar pessoas que financiaram, fomentaram e promoveram os fatos ocorridos em 8 de janeiro em Brasília, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos e depredados por bolsonaristas.
Em nota, a corporação informou que cumpre 18 mandados judiciais de busca e apreensão, expedidos pelo STF, nos seguintes estados: Rio Grande do Norte (1), Santa Catarina (1), Pará (4), São Paulo (1), Minas Gerais (3), Espirito Santo (4), Tocantins (1), e Mato Grosso do Sul (3).
Segundo a PF, foi determinada ainda a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. “Apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público possam chegar à cifra de R$ 40 milhões”.
“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, concluiu a Polícia Federal.
O Jacaré tentou contato com Bortolotto, mas não conseguiu. O espaço segue aberto para a manifestação do ruralista.