Um mês após o protesto na porta da loja na Avenida Günter Hans, na saída para Sidrolândia, em Campo Grande, o Assaí Atacadista assumiu a dívida da construtora e pagou os pequenos empresários. Cerca de 35 empresas de pequeno porte, que ajudaram na construção do atacarejo, levaram calote e só receberam após a manifestação na porta da unidade.
Na ocasião, o grupo, que faturou R$ 72 bilhões no ano passado, negou ser o responsável pelo calote e responsabilizou a Marcca, construtora de Goiás. No entanto, o protesto na porta da loja mexeu com os brios do atacadista.
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No início deste mês, o Assaí firmou um contrato com o grupo de 35 empresários e assumiu o pagamento da dívida, que teria totalizado cerca de R$ 2 milhões. O acordo foi um alívio para os pequenos empreendedores, que estavam sem receber desde novembro do ano passado.
Na ocasião do protesto, no dia 7 de março deste ano, um empresário do setor de esquadrias de alumínio e vidro contou que levou calote de R$ 150 mil. O valor era para ser quitado no dia 4 de dezembro do ano passado.
Outro empresário, responsável pelo fornecimento de parafusos, contou que levou calote de R$ 87 mil. Há um mês, ele se queixou que a construtora nem o Assaí queriam conversar para sobre o pagamento. Um outro, responsável pela sinalização do trânsito, levou calote de R$ 207 mil.
Para o empresário Daniel Santana, da Effort Fundações, o pagamento foi um alívio, mesmo ocorrendo com quatro meses de atraso. A sua empresa foi responsável pelo estaqueamento do piso interno da loja da Günter Hans.
Na época da manifestação, o Assaí lamentou o calote. “Reforçamos que consideramos inadmissíveis a MARCCA não honrar com os pagamentos devidos aos prestadores de serviços subcontratados e estamos em contato para que uma solução seja dada o mais rápido possível”, informou o grupo em nota.