Eleito com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador Eduardo Riedel (PSDB) defendeu o fim da polarização política e agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelos investimentos realizados em Mato Grosso do Sul. Durante discurso no frigorífico da JBS, o tucano se compromete a acabar com a extrema pobreza em Mato Grosso do Sul até o fim do atual mandato, em 2026.
“Primeira palavra para o senhor, é de gratidão”, afirmou Riedel, dirigindo-se a Lula. Ele lembrou que o petista convocou os 27 governadores para reunião em Brasília em fevereiro do ano passado. Na ocasião, o presidente pediu para cada governador indicar as prioritárias para o seu estado.
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“Saímos de uma eleição polarizada, vamos virar a página”, propôs Riedel, antes de retomar o discurso de agradecimento ao atual chefe Poder Executivo. Ele disse que escolheu sete obras prioritárias para Mato Grosso do Sul e todas foram acatadas por Lula. “Só no ano passado, tivemos investimentos de R$ 1 bilhão”, festejou.
“As obras estão acontecendo”, ressaltou, citando o investimento de R$ 472 milhões na construção do acesso à ponte sobre o Rio Paraguai em Porto Murtinho. Ele destacou que é o último trecho da Rota Bioceânica, que vai transformar a economia de Mato Grosso do Sul e do Brasil.
“Crescemos 6,6% no ano passado, tivemos a 3ª menor taxa de desemprego do País e estamos indo para a 2ª menor taxa de pobreza”, celebrou o governador, destacando os índices da economia sul-mato-grossense. “Vamos exterminar a pobreza extrema até o final do meu atual mandato”, prometeu.
O apoio do PT a Riedel no segundo turno foi lembrado pelo presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Wilson Gregório. Aliás, o comparecimento do governador ao evento foi um passo importante em manter as relações institucionais e deixar a polarização política no passado.
Até governadores bolsonaristas, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, prestigiaram os eventos de lançamento de obras e inaugurações patrocinados por Lula.
A única a ir na contramão até o momento foi a prefeita da Capital, Adriane Lopes (PP). Ela alegou outro compromisso para não comparecer ao evento na JBS, onde foi anunciado investimento de R$ 150 milhões e a geração de 2,3 mil novos empregos na Capital. A progressista já tinha saído de eventos organizados pelo Governo federal para não ouvir discurso dos ministros de Lula.