Genro da prefeita Vanda Camilo (PP) e vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB) não se mostrou disposição de colaborar com as investigações do GECOC (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e do Gaeco (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado). Ele se recuou a entregar a senha para desbloquear o telefone celular apreendido na 3ª fase da Operação Tromper, deflagrada no dia 3 deste mês.
Acusado de chefiar a suposta organização criminosa responsável pelos crimes de peculato, corrupção e fraude em licitações, o tucano também oficializou que não responderia a nenhuma pergunta durante o interrogatório dos promotores e foi dispensado da oitiva.
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O vereador tem esperanças de obter habeas corpus no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul para deixar a cela 17 do Centro de Triagem Anísio Lima, onde está hospedado há quase 10 dias. Só que o parlamentar vai ter uma parada dura pela frente, os desembargadores da 2ª Câmara Criminal do TJMS, notórios por manter na prisão integrantes de grupos de extermínio e envolvidos em escândalos de corrupção.
Claudinho é um dos poucos presos na Operação Tromper que não forneceu a senha de desbloqueio do aparelho celular. O empresário Cleiton Nonato Corrêa, dono da GC Obras, forneceu a senha aos promotores de Justiça.
O vereador também informou que não responderia as perguntas. O Ministério Público Estadual acatou o pedido da defesa e cancelou a oitiva do tucano. Com a decisão, o MPE livrou Claudinho Serra do constrangimento de ser fotografo ou filmado pelos meios de comunicação ao chegar preso para depor no Gaeco.