A senadora Soraya Thronicke (Podemos) anunciou nesta terça-feira (9) que vai deixar o X, antigo Twitter, em meio ao embate entre o bilionário dono da rede social, Elon Musk, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A parlamentar, no início do mandato, notabilizou-se por enfrentar o Judiciário, tendo assinado a CPI da Lava Toga, em 2019.
“Vou me despedir, encontro vocês amanhã no Facebook, no Instagram, no TikTok, no LinkedIn, no Orkut… na esquina, no trabalho, no mercado, na feira, na praça, no aeroporto, na rodoviária, no Uber… no mundo!”, declarou Soraya.
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A sul-mato-grossense disse que, caso o X deixe de existir, as pessoas vão “arranjar outra rede social para brigar”.
Agora é sério, gente… vou me despedir, encontro vocês amanhã no Facebook, no Instagram, no TikTok, no LinkedIn, no Orkut… na esquina, no trabalho, no mercado, na feira, na praça, no aeroporto, na rodoviária, no Uber… no mundo! Em qualquer lugar! Em todos os inúmeros lugares!
— SorayaThronicke (@SorayaThronicke) April 9, 2024
Lá em 2019, no primeiro ano de mandato, quando ainda era do PSL, Soraya foi a única de MS a assinar o requerimento de criação da CPI da Lava Toga. A investigação contra membros do Judiciário nunca saiu do papel.
Eleita como fiel apoiadora do então presidente Jair Bolsonaro (PL), Thronicke reagiu ao avanço do inquérito da fake news no Supremo Tribunal Federal e defendeu o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
Hoje, em campos opostos, bolsonaristas comemoraram a saída da senadora da rede social de Elon Musk.
“Obrigado, Elon”, ironizou o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
Desde o fim de semana, Musk vem escalando o tom contra Alexandre de Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na noite de segunda-feira (8), o bilionário disse que o ministro se tornou “o ditador do Brasil” porque colocou o petista “em uma coleira” e que Moraes “deve ser julgado por seus crimes”.
Moraes determinou no domingo (7) a inclusão do dono do X como investigado no inquérito das milícias digitais, protocolado em julho de 2021 e que investiga grupos por conduta contra a democracia.
O ministro também abriu um novo inquérito para apurar a conduta de Elon Musk. O magistrado quer que se investigue o crime de obstrução à Justiça, “inclusive em organização criminosa e em incitação ao crime”.
Já era tempo, essa daqui tá muito mixuruca!
— SorayaThronicke (@SorayaThronicke) April 9, 2024