A superintendente da Sudeco, Rose Modesto (União Brasil) segue líder e é a candidata que mais cresce em Campo Grande, segundo a 3ª pesquisa registrada do Instituto Ranking Brasil Inteligência. A prefeita Adriane Lopes (PP) segue na cola da líder, enquanto o ex-governador André Puccinelli (MDB) cai pela 3ª vez seguida e fica mais longe do 2º turno nas eleições deste ano.
Candidato do Governo estadual, o deputado federal Beto Pereira (PSDB) ainda não empolgou o eleitorado e só está em 4º lugar porque a candidatura do deputado estadual Lucas de Lima (PDT) perdeu fôlego. A deputada federal Camila Jara (PT), a candidata de Lula, também segue estagnada.
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Apesar das bênçãos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-deputado estadual Rafael Tavares (PL) ainda não encantou os bolsonaristas e aparece na lanterna do levantamento. O grande risco do liberal é não ser oficializado na convenção e acabar atropelado pelas articulações da senadora Tereza Cristina (PP), que sonha em colocar Bolsonaro no palanque da atual prefeita.
A pesquisa do Instituto Ranking Brasil ouviu 2 mil eleitores entre os dias 3 e 7 de abril deste ano. A margem de erro é de 2,2% para mais ou menos. O intervalo de confiança é de 95%. O número do registro na Justiça Eleitoral é MS-05481/2024.
O instituto ranking considerou três cenários estimulados e a espontânea.
Quanto não apresenta o disco, o eleitor cita o candidato da sua preferência, Rose lidera com 16,20%, seguida por Adriane com 14,30%, André com 10,5%, Beto com 4,80%, Lucas 2,7%, o deputado estadual Coronel David (PL) com 1,30%, Camila Jara 1,20%, Pedro Pedrossian Neto (PSD) 1%, outros 2% e nenhum, branco e nulo somaram 46%.
Rose manteve a tendência de crescimento e passou de 11,40% em fevereiro para 12% no mês passado e 16,20% agora. Ela acumula quase cinco pontos em três meses e só foi oficializada pelo União Brasil como pré-candidata no início deste mês.
Adriane também manteve o crescimento, passando de 10,2% para 11% e agora 14,30%. A progressista mostra potencial de que está garantida no segundo turno. André conseguiu se recuperar na espontânea após cair de 12,50% para 8%. Agora, o emedebista tem 10,50%.
Revoltado com a filiação de Marquinhos Trad ao PDT e de ter sido excluído das negociações pela cúpula nacional da legenda, Lucas de Lima perdeu os eleitores ao mostrar publicamente a mágoa com o partido. Ele despencou de 6,20%, no mês passado, para 2,70%, e ficou atrás de Beto, que também oscilou de 5,40% para 4,80%. Camila se manteve estável, enquanto Rafael nem foi citado.
No primeiro cenário estimulado, com vários candidatos, Rose lidera com 24%, contra 21% da prefeita, 16% de André, 8,30% de Beto, 5% de Lucas, 3,2% de Camila, 1,20% de Beto Figueiró e 0,80% de Rafael. Indecisos, nulos e brancos foram 20%.
Em crescimento pelo 3º mês consecutivo, Rose acumula alta de oito pontos percentuais, enquanto Adriane subiu 5,80%. A ex-deputada federal passou de 16% em fevereiro para 24% neste mês, enquanto a prefeita saltou de 15,20% para 21%. Já André tinha 17,40% e agora 16%, mas ele chegou a ter 13% no mês passado.
Beto acumulou apena 2,2 pontos percentuais em três meses apesar do PSDB ter intensificado a pré-campanha do tucano. Ele tinha 6,1% em fevereiro e passou a ter 8,3%. Ele teve sorte porque Lucas caiu de 8% para 5%.
Com a popularidade de Lula em queda, Camila não conseguiu decolar e segue nos 3%. Ela vem mantendo esse índice desde fevereiro, 3%, passou para 3,60% e agora, 3,2%. Já Rafael Tavares foi incluído pela primeira vez.
Na estimulada 2, com os principais nomes, Rose chega a 32%, contra 28% de Adriane, 11% de Beto, 5,80% de Camila e 1,20% de Rafael. A superintendente da Sudeco cresceu 10 pontos percentuais em três meses, de 22% para 32%, enquanto a prefeita da Capital subiu oito, de 20% para 28%. As duas seguem em empate técnico na ponta.
Beto Pereira cresceu 2,8 pontos percentuais em três meses, mas ele se recuperou a da queda em março, quando tinha 7,50% e passou para 11%. Em fevereiro, ele estava com 9,2%.
Camila teve uma subida tímica, de 4%, nos dois meses anteriores, para 5,80%, enquanto Rafael se manteve na lanterna com 1,20%.
No terceiro cenário, com apenas três candidatos, Rose tem 34%, contra 31% de Adriane e 12% de Beto. Enquanto o tucano se manteve estável, já que passou de 11,40% para 12,20% e agora 12%, a ex-deputada federal 8,4 pontos percentuais e a prefeita, 7,5 pontos.
Rose cresceu mesmo não tendo confirmado a candidatura, enquanto Adriane intensificou as agendas nos bairros e reuniões com lideranças. Ela planeja deixar Sudeco no início de maio, quando promete intensificar a pré-campanha.
Desidratado, André é apontado com uma peça chave no tabuleiro da sucessão municipal e pode decidir a eleição ao abrir mão em favor de um dos três candidatos. Rose é uma das opções do ex-governador. Ele pode assegurar o apoio do MDB e do Solidariedade. Outra hipótese é o emedebista sacramentar a aliança com o PSDB, como vem sendo especulado desde o final do ano passado.
Com o crescimento nas pesquisas, Adriane tem esperanças de contar com o apoio de Bolsonaro. Caso Rafael continue na lanterna, a prefeita vai ter um bom argumento para ter o apoio bolsonarista ao se apresentar como uma opção viável na direita e extrema direita.
Camila conseguiu unir o PT, mas também precisa decolar para não ser obrigada a abrir mão do pleito em favor de Rose, como almejaram os deputados Zeca do PT e Vander Loubet.
O primeiro turno está previsto para o primeiro domingo de outubro e muitas articulações – e escândalos – devem ocorrer em seis meses. Marquinhos teve a candidatura a governador demolida com o escândalo do assédio que surgiu em junho. Capitão Contar chegou ao segundo turno com a apoio público de Bolsonaro a 48 horas do início da votação.