Ex-secretário municipal de Fazenda de Sidrolândia, o vereador Claudinho Serra (PSDB) foi preso na manhã desta quarta-feira (3) em nova fase da operação contra a corrupção no município. Além do genro da prefeita Vanda Camilo (PP), a 3ª fase da Operação Tromper cumpre mais sete mandados de prisão e 28 de busca e apreensão pelos desvios na prefeitura munciipal.
O GECOC (Grupo de Atuação Especial de Combate à Corrupção) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) investigam a existência de uma organização criminosa voltada para a fraudes em licitações e contratos administrativos, pagamento de propina a gentes públicos municipais e desvios de recursos públicos.
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Em nota à imprensa, o Ministério Público Estadual informou que o grupo foi beneficiado por aproximadamente R$ 15 milhões em contratos com a Prefeitura Municipal de Sidrolândia. Eles também atuam na área de engenharia e pavimentação asfáltica.
A investigação é continuidade da Operação Tromper, que já deflagrou duas fases na ofensiva contra a corrupção no município. No entanto, esta é a primeira vez que a ação atinge integrantes da gestão de Vanda Camilo.
Apesar de ser genro da prefeita, Claudinho Serra acabou sendo nomeado secretário de Fazenda da gestão da sogra. O MPE ingressou com ação de improbidade administrativa por nepotismo. Serra acabou deixando o cargo para assumir a vaga de suplente de João Rocha (PP), quando este assumiu a Secretaria Municipal de Governo na Capital.
No início do mês passado, em uma manobra do PSDB, Claudinho Serra acabou efetivado no cargo de vereador após Ademir Santana renunciar ao cargo para assumir a coordenação da campanha a prefeito do deputado federal Beto Pereira (PSDB).
O curioso é que Santana também foi alvo do Gaeco na Operação Omertà acusado de integrar a organização criminosa chefiada pelo empresário Jamil Name. No entanto, o tucano acabou sendo absolvido pela Justiça da acusação de extorsão armada.
A 3ª fase da Operação Tromper conta com o apoio operacional do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), do Batalhão de Choque e da Força Tática da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul.
“Tromper”, verbo que dá nome à operação, traduz-se da língua francesa como ‘enganar’.