A implosão do PSD, que perdeu sete dos oito vereadores eleitos em 2020, não desanimaram Otávio Trad, único da família que deve continuar no partido comandado pelo tio, o senador Nelsinho Trad. Ele se “empolgou” com a filiação de Gilmar da Cruz, que trocou o Republicanos pelo PSD, e prevê a eleição de até três vereadores pela sigla nas eleições deste ano na Capital.
O PSD perdeu lideranças importantes, como o líder da prefeita, Beto Ovelar, Júnior Coringa, Delei Pinheiro, Valdir Gomes, Professor Riverton, Silvio Pitu e Tiago Vargas. Este último, o mais votado na última eleição, deve anunciar o seu destino nesta terça-feira (26).
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No entanto, Otávio não deverá ficar sozinho na sigla. Gilmar da Cruz trocou o Republicanos, um partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, para se filiar ao partido comandado por Nelsinho.
Para Otávio, a vinda de Gilmar garante uma liderança evangélica no PSD. “Ele preenche esse espaço que o partido nunca teve, vai agregar”, prevê o vereador, que vai tentar o 4º mandato nas eleições deste ano.
Na sua avaliação, o PSD vai construir uma chapa competitiva com 30 candidatos nas eleições deste ano e tem condições de fazer de dois a três vereadores. Na pior hipótese, na sua avaliação, o PSD deve reeleger os dois, ele e Gilmar da Cruz.
O vereador minimizou a saída de lideranças expressivas, como o tio, o ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, que deve se filiar ao União Brasil, e o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira.
“O partido acabou ficando interessante, porque tem um fundo eleitoral interessante e bom tempo de TV (no horário eleitoral)”, afirmou, destacando que alguns partidos ficarão muito congestionados e pesados, como o PSDB e PP, que contarão com muitos candidatos competitivos.