Campo Grande é a capital com menor taxa de desocupação do País, com apenas 3,4% de sua população fora do mercado de trabalho, segundo o primeiro Mapa da Desigualdade entre as capitais brasileiras, lançado nesta terça-feira (26) pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS).
A capital de Mato Grosso do Sul está na 10ª posição (549 pontos) no índice de desigualdade. Curitiba (PR) aparece na primeira posição do ranking das capitais, com 677 pontos, seguida por Florianópolis (SC), Belo Horizonte (MG), Palmas (TO) e São Paulo (SP).
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Já na outra ponta do ranking está Porto Velho (RO), a capital com o pior desempenho, com 373 pontos. Além dela, aparecem no outro extremo da tabela as cidades de Recife (PE), Belém (PA), Manaus (AM) e Rio Branco (AC).
O estudo compara 40 indicadores das 26 capitais brasileiras em temas como educação, saúde, renda, habitação e saneamento. O estudo reforça a percepção da distância que separa as várias regiões e estados do país, demonstrando que o Brasil é mesmo um país desigual.
Campo Grande registra cobertura de 100% na população com acesso à água e à internet nas escolas do ensino fundamental e apenas 1,4% das residências estão situadas em favelas.
Entre os destaques negativos, a capital sul-mato-grossense tem os piores índices em desigualdade salarial entre homens e mulheres e em suicídios, mortes no trânsito e presença de vereadoras na Câmara Municipal, com apenas uma representante, a vereadora Luiza Ribeiro (PT).
O Mapa da Desigualdade entre as capitais é baseado no Mapa da Desigualdade de São Paulo, que é publicado há mais de 10 anos pela Rede Nossa São Paulo e pelo Instituto Cidades Sustentáveis.
As fontes dos dados são órgãos públicos oficiais como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).
Também foram utilizados dados de organizações não-governamentais em dois temas: emissões de CO2 per capita – com dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima (OC) –; e desmatamento – com dados do MapBiomas.