A tornozeleira eletrônica falhou e quase o empresário José Paulo Alfonso Barros voltou para a cadeia pela invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023. Em despacho publicado no mês passado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou a substituição do equipamento.
Barros foi preso durante o ataque dos bolsonaristas aos prédios do Congresso Nacional, do STF e do Palácio do Planalto. Ele ficou preso por vários meses até obter a liberdade vigiada por meio de monitoramento eletrônico.
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No entanto, em janeiro deste ano, o equipamento apresentou falha e o ministro Alexandre de Moraes determinou que na defesa apresentasse o motivo sob pena do empresário de Ponta Porã ter a prisão preventiva decretada. Ele explicou que o equipamento apresentou falha.
“Considerando o noticiado pelo réu, OFICIE-SE ao Juízo da Execução da Comarca de Ponta Porã/MS para que adote as providências necessárias para a substituição do equipamento de monitoramento eletrônico do réu JOSE PAULO ALFONSO BARROS (CPF nº 541.039.312-04) por um do Estado do Mato Grosso do Sul, com a consequente devolução da tornozeleira substituída ao Centro Integrado de Monitoramento Eletrônico da Secretaria de Estado e Administração Penitenciária do Distrito Federal”, determinou Moraes em despacho publicado no dia 26 do mês passado.
“OFICIE-SE, também, à Central de Monitoração Eletrônica do Distrito Federal para que, no prazo de 5 (cinco) dias, apresente esclarecimentos quanto às falhas indicadas no referido relatório, bem como se houve pedido de substituição”, determinou.
José Paulo foi condenado pelo golpe em 2,3 mil investidores. A sentença é do juiz Luiz Augusto Imassaki Florentini, da 5ª Vara Federal de Campo Grande. Ele foi condenado a três anos e dois meses no regime aberto.