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    Rei dos bitcoins “reina”, agora, nas licitações e já faturou R$ 100 mi com prefeituras de MS

    Especial para O JacaréBy Especial para O Jacaré24/03/20247 Mins Read
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    Celso Bejarano
    Ivan Félix de Lima passou a faturar alto com as licitações nos municípios (Foto: Reprodução)

    No primeiro semestre de 2018, seis anos atrás, o empresário Ivan Felix de Lima, 46 anos, um dos dois donos da empreiteira GTX Construtora e Serviços Ltda., com sede em Campo Grande, caiu duas vezes em operações conduzidas pelo Gaeco (Grupo de Ação de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) braço forte do Ministério Público Estadual em se tratando de investigações contra organizações criminosas.

    Numa das investidas policiais, Ivan foi nominado pela imprensa regional de o ‘Rei das Bitcoins’, por ter, supostamente, agido como um dos principais articuladores da trama que envolvera a moeda virtual. Bitcoin é notícia frequente, ora por sua valorização ou desvalorização aceleradas. No episódio que implicara Ivan de Lima, as vítimas não ficaram ricas e, sim, perderam tudo.

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    Noutra operação do Gaeco, Ivan foi citado como integrante de um esquema de fraude em licitações promovidas pela Prefeitura de Dourados, a segunda maior cidade de MS. Ivan, mesmo tendo virado réu por supostas fraudes em licitações públicas e também por eventual crime contra a economia popular, caso das bitcoins, segue de vento em popa com sua empreiteira.

    O empresário, por meio de sua construtora, do fim de 2021 até ano passado, arrecadou em torno de R$ 100 milhões, por meio de licitações vencidas em ao menos seis prefeituras do interior de Mato Grosso do Sul, conforme apurou a reportagem de o jacaré.

    A GTX de Ivan mexe com tudo que envolva atividades da construção civil. Às prefeituras, a empreiteira em questão pavimentou estradas cuidou de projetos de saneamento, pavimentação de ruas e até de extensão de rede de iluminação pública.

    Ivan venceu concorrências por obras tocadas por sua empresa nas cidades de Ladário, Três Lagoas, Bataguassu, Nova Alvorada do Sul, Deodápolis e Ivinhema, conforme publicados em diários oficiais de tais municípios. Neste período – 2021 até os dias de hoje – o nome do empresário segue fichado na justiça.

    No faturado pela GTX, perto de R$ 100 milhões, o recurso saiu de cofres dos municípios, do governo federal e, ainda por meio de empréstimos acertados com a Caixa Econômica Federal.

    As encrencas

    Era abril de 2018, período que Ivan foi implicado num escândalo surgido por meio do que o Gaeco (MPMS) chamou de pirâmide financeira propagandeada por uma suposta trama conhecida como mineração de bitcoins. O empresário e outras 15 pessoas foram denunciadas pela tal trama.

    Minerworld, empresa com escritório no Paraguai era quem administrava o dinheiro do suposto golpe.

    A empresa teria atraído milhares de interessados no negócio, o de aplicar uma quantia em bitcoins e, logo, obterem lucros atrativos, que, em prazo curtíssimo, multiplicariam em duas, três e até cinco vezes a cifra empregada na operação.

    Não há um número certeiro, contudo, comenta-se entre as pessoas que perderam dinheiro que o esquema teria vitimado ao menos 50 mil investidores e a quantia trapaceada teria alcançado o valor de R$ 300 milhões.

    O processo que ainda corre na justiça já acumula 12.872 páginas. Entre as quais, as vítimas narram como foram supostamente enganadas.

    “… a Minerworld já vem enfrentando problemas de pagamento aos seus afiliados, parcelando a disponibilização dos rendimentos devidos aos consumidores, como se estivesse a realizar certo “plano de quitação” do seu passivo. A tática é uma nítida tentativa de prolongar as suas atividades e continuar a lesar mais e mais pessoas”, cita trecho do processo.

    Menciona-se também na ação judicial:

    “No mês de abril (2017), comecei a participar da mineradora denominada MINERWORLD, com a promessa de ganhos em dobro do valor investido num período de 12 meses. Durante alguns meses, a mineradora MINERWORLD efetivava os rendimentos diários, bem como, efetuava o pagamento – quando solicitado regularmente. Entretanto, a partir do mês de novembro (ainda de 2017), a empresa deixou de efetuar o pagamento dos valores devidos e a partir de 16/12/2017 deixou de minerar os valores diários (valores de rendimentos) de seus clientes. Daí em diante, a empresa também deixou de atender seus usuários/clientes no suporte do site oficial – ignorando os questionamentos e dúvidas dos respectivos”.

    Segue a queixa dos clientes que encrencou o dono da GTX, construtora que ganha milhões em licitações das prefeituras do interior de MS:

    “Diante de tal situação, a mineradora MINERWORLD, no final de janeiro (2018) lançou o PLANO DE LIQUIDEZ [quitar a conta] com datas bem definidas para o devido cumprimento dos pagamentos. Para tanto solicitava o recadastramento na nova plataforma denominada MINERID, para aqueles que estão com valores a receberem, com 3 (três) opções de escolha de planos, após a aprovação do referido cadastro. Acontece que, a empresa MINERWORLD, não está cumprindo com o prazo e nem honrando os pagamentos, conforme especificado no PLANO DE LIQUIDEZ. Eu, em particular, fiz o cadastro antes mesmo da data 01/02/18 e até o presente momento, a empresa não confirmou a aprovação ou não aprovação do meu cadastro, bem como, não liberou a opção de escolha de plano, sendo que os pagamentos iriam começar a serem pagos na data 16/02/18 para os cadastros efetuados antes do dia 1º do decorrente mês. Devo admitir, que a empresa MINERWORLD não está sendo honesta e transparente, não demonstra lisura, deixando a entender que o PLANO DE LIQUIDEZ é um plano fictício, pois na prática, a empresa não está cumprindo o que avençou no denominado PLANO DE LIQUIDEZ”.

    O dono da empreiteira, Ivan, tentou escapar deste processo ingressando com um recurso em que disse que seu nome apareceu na suposta trama por ele ser um investidor, não o dono do negócio suspeito.

    No entanto, o Tribunal de Justiça, ao menos por enquanto, discorda do apelo e mantém Ivan entre os réus. A ação judicial. que seguiu pela Vara de Direitos Difusos e Coletivos de Campo Grande por força da ação civil pública da 43ª Promotoria de Justiça do Consumidor, segue e seu desfecho não tem uma data definida.

    Outro embaraço

    Em outubro de 2018, seis meses depois de o empreiteira ter fisgado Ivan pelo caso das bitcoins, o MPMS, por meio das 16ª, 10ª e 17ª promotorias de Justiça de Dourados e o Gaeco, deflagrou a Pregão, operação imposta que investigou uma suposta organização criminosa integrada por agentes públicos, políticos e empresários, que teriam praticado diversos crimes, entre os quais fraude em licitação, dispensa indevida de licitação e ainda falsificação de documentos.

    Entre os investigados o empresário Ivan de Lima. O processo em questão beira a fase de encerramento.

    Por influência desta investigação, a construtora de Ivan foi impedida de participar de concorrências por obras públicas. No entanto, a medida caiu em novembro de 2021 e a GTX voltou a brigar por obras ofertadas pelas prefeituras.

    Em fevereiro deste ano, a GTX, conforme documentos emitidos pela Junta Comercial de MS, aumentou seu capital social, que subira de R$ 3 milhões para R$ 4,9 milhões. Ivan de Lima tem um sócio.

    E o que diz a defesa

    A reportagem tentou conversar com o empresário e o advogado que o defende. No entanto, até o fechamento deste material, não houve manifestação. No escritório de advocacia foi dito que o defensor estava viajando e que iriam tentar entrar em contato com ele, o que não aconteceu. O espaço está reservado para eventual protesto contra as denúncias.

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