O ex-governador André Puccinelli (MDB) não jogou a toalha e mantém a sua candidatura a prefeito da Capital nas eleições deste ano. O emedebista aposta em repetir a aliança com o Solidariedade, partido que lhe apoiou nas eleições para governador em 2022, quando ficou em 3º lugar.
“MDB + Solidariedade e mais um só pois não dá pra sustentar mais de três chapas de vereadores”, informou o emedebista, sem revelar o 3º partido da aliança. Na última eleição, Puccinelli teve o apoio do Solidariedade e do DC (Democracia Cristã).
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Sem a máquina, sem o favoritismo de outros tempos e a bonança financeira, André não consegue atrair o mesmo arco de aliança de outras disputas. Em 2010, quando disputou a reeleição e ganhou no primeiro turno de Zeca do PT com 56% dos votos, André teve o apoio de 14 partidos, inclusive os grandes, como PSDB, DEM, PTB e PSB.
Em 2006, quando foi eleito governado pela primeira vez, também no primeiro turno, ele tinha o apoio de 11 partidos.
André não quis renunciar ao mandato de governador e abriu mão de disputar o Senado em 2014, quando apoiou a vice, Simone Tebet (MDB). Em 2018, ele acabou desistindo da candidatura após ser preso na Operação Lama Asfáltica e ser bombardeado por denúncias de corrupção.
O ex-governador não foi condenado, mas sofreu desgaste com as denúncias e acabou ficando de fora do segundo turno na última eleição. Atropelado pelos neófitos Eduardo Riedel (PSDB) e Capitão Contar (PRTB), Puccinelli tem como meta só entrar em uma disputa que tiver chances reais de vitória.
A estratégia pode passar pela retirada da candidatura a prefeito em troca de apoio para disputar um cargo de deputado federal ou senador nas eleições de 2026, quando planeja fechar a carreira política com chave de ouro.
Caso mantenha a candidatura, a disputa pela prefeitura já conta com André, Adriane Lopes (PP), Beto Pereira (PSDB), Camila Jara (PT), Rafael Tavares (PL), Lucas de Lima (PDT) e Professor André Luís (que deve trocar o Rede pelo PRD).